Mineral mais abundante no corpo humano, o cálcio tem inúmeras funções no organismo. É o responsável por transformar tecido mole em ósseo, que atua como reserva do mineral. Também é responsável por manter a permeabilidade das células, proteger o corpo contra infecções, toxinas e substâncias estranhas. Atua ainda na coagulação sanguínea, nas funções neuromusculares, ajuda no controle da obesidade e até na regulação dos batimentos cardíacos.
“Mais de 99% do cálcio fica concentrado nos ossos e dentes dos indivíduos e corrresponde a 1,5% a 2,0% do peso corpóreo”, informa o engenheiro agrônomo Valter Casarin, diretor científico do NPV (Nutrientes para a Vida), iniciativa que desperta a sociedade para a necessidade do uso de nutrientes para a produção de alimentos em larga escala e consequente barateamento dos produtos agrícolas.
A falta de cálcio no organismo pode acarretar osteoporose, raquitismo, dentes frágeis, cáries frequentes, insônia, arritmia, palpitações, além de câimbras, cólicas menstruais, bruxismo, queda de cabelos, unhas frágeis e quebradiças e síndrome de pernas inquietas.
Não são apenas os seres humanos que necessitam de cálcio. As plantas também sofrem danos irreparáveis, sem o mineral em quantidades suficientes para manter a qualidade de frutas e legumes.
Segundo Casarin, o cálcio tem efeito essencial na firmeza e amadurecimento dos frutos, ou seja, “a carência de cálcio está associada ao amolecimento precoce, e apodrecimento rápido. Quando em quantidade correta, o, cálcio desacelera o processo de amadurecimento, resultando em um produto saudável por mais tempo.”
Em baixas concentrações, estimula a absorção de outros íons. “O cálcio é indispensável para manter a estrutura e o funcionamento normal das membranas, particularmente da plasmalema. Influi, de modo predominante, no equilíbrio entre a acidez e a alcalinidade do meio e da seiva.”
Uma das principais funções do cálcio na planta é integrar a parede celular. Sua falta afeta particularmente os pontos de crescimento da raiz, sendo também indispensável para a germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico.
“A deficiência é visualizada em pontos de crescimento que ficam necrosados e em folhas novas que apresentam clorose”, pontua o agrônomo.