segunda-feira, 24 fevereiro 2025
19.2 C
Curitiba

Congresso em Foz do Iguaçu traz debate sobre emergência em oncologia pediátrica e a conduta em UTI

Discutir aspectos atuais relacionados ao câncer da criança e adolescente é o grande objetivo do XVI Congresso de Oncologia Pediátrica. O evento, que é organizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), tem a expectativa de reunir aproximadamente mil congressistas das mais variadas especialidades, com o intuito de potencializar a chance de cura da doença no Brasil, visto que os índices de sobrevida no País ainda estão abaixo do esperado. O encontro acontece entre os dias 3 e 5 de outubro no Centro de Convenções Recanto Cataratas, em Foz do Iguaçu.

Um dos destaques na programação é “Emergências em Oncologia Pediátrica – Condutas em UTI”,
Para a manutenção da sobrevida do paciente oncológico, o suporte da terapia intensiva pediátrica é necessário às crianças de modo a adquirir chances para superar a fase mais aguda da doença. Além disso, a integração entre médicos intensivistas, pediatras, oncologistas e equipe multidisciplinar se torna cada vez mais necessária para o desfecho satisfatório do paciente.

Fabíola La Torre, médica intensivista e infectologista pediátrica, foi diretora de uma UTI pediátrica oncológica por 12 anos e é membro da SOBOPE, explica que a sessão contemplando Terapia de Suporte, durante o SOBOPE 2018, é um grande passo com uma visão preventiva do paciente, visando o seu bom desfecho, tendo em vista que o tratamento de suporte do paciente oncológico muitas vezes irá iniciar fora da UTI. “Diante disso, escolhemos temas que são o nosso dia a dia e cuja intervenção e conhecimento precoces mudarão o prognóstico do nosso paciente”.

Ela aponta que a UTI pediátrica oncológica mudou a história natural das doenças e das crianças em estado crítico que, antes, eram fadadas ao óbito sem tal suporte. Na Unidade de Terapia Intensiva é possível encontrar casos que, por todos os indicadores, índices de mortalidade e gravidade, apresentam um prognóstico sombrio, mas que surpreendentemente é possível se deparar com o paradoxo da resolução clínica improvável.
“Em uma UTI pediátrica oncológica um minuto pode ser um segundo. Hoje, temos que ter uma visão multidisciplinar dentro da UTI focando a qualidade de vida do paciente. Infelizmente, não temos uma especialização em UTI pediátrica oncológica e poucos médicos estão aptos para tal função. Diante disso, a necessidade desses temas cada vez mais difundidos”.

AVC em crianças
Outro assunto que será abordado diz respeito aos acidentes vasculares cerebrais (AVC) nas crianças em tratamento oncológico. O AVC pediátrico é encarado pela população e até mesmo entre os pediatras como um evento muito raro. No entanto, o AVC em idade pediátrica constitui uma questão importante, sobre a qual persistem dúvidas relativas ao seu diagnóstico, terapêutica e orientação.

Nos EUA, o AVC pediátrico está entre as dez primeiras causas de morte em crianças. O paciente oncológico apresenta vários fatores de risco para AVC. O diagnóstico precoce do acidente vascular encefálico (AVE) em pediatria é fundamental, e é importante que os pediatras estejam atentos à falta de especificidade dos sintomas para evitar sequelas e com isso melhorar a qualidade de vida dos pacientes acometidos.

raquelribeiro@rspress.com.br

Destaque da Semana

Shopping Curitiba celebra o verão com campanha promocional

Em celebração ao verão, o Shopping Curitiba lança nesta...

Academia do Coração do Hospital Costantini ultrapassa 350 mil atendimentos

Estima-se que os praticantes da academia caminharam juntos, nos...

“Histórias: Show do Século” anuncia data em Curitiba com grandes nomes do sertanejo

Festival acontece no dia 1º de novembro na Ligga...

Artigos Relacionados

Destaque do Editor

Popular Categories

Mais artigos do autor