Curitiba terá grande manifestação contra legalização do aborto neste sábado (15)

No sábado, 15 de setembro, um evento sem precedentes em Curitiba reunirá milhares de pessoas para manifestarem-se contra a legalização do aborto. A convocação partiu das igrejas católica e evangélicas, que pela primeira vez se unem para a realização de uma manifestação pública com esta proporção na cidade.

A “Manifestação pela Vida” será realizada das 14h às 17h na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. Contará com artistas, mães que darão testemunhos de vida, líderes religiosos e especialistas no campo jurídico e da bioética. A expectativa de público é de 100 mil pessoas.

O evento marca um posicionamento contrário ao processo que pede ao STF a legalização do aborto até 12 semanas de gestação, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.

As igrejas e movimentos de defesa da vida decidiram convocar este ato público para dizer não ao aborto e sim à vida da mãe e do bebê.

A organização ressalta que a ADPF 442 propõe uma medida contrária à vontade da maior parte da população. Um levantamento do Paraná Pesquisas realizado em 2017 apontou que 86,5% dos brasileiros são contrários à “legalização do aborto em qualquer situação”.

O mérito de quem julga a ação também é um dos argumentos que mobilizou esta manifestação: se aprovada a ADPF 442, a decisão entre vida ou morte de crianças em gestação no Brasil terá sido tomada por 11 ministros não eleitos pelo povo, sem que este projeto tenha passado pelo poder legislativo federal. “Já houve projetos similares tramitando no legislativo e todos foram rejeitados”, lembra o arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo.

O principal objetivo da manifestação é salvar vidas de inocentes. Para o arcebispo, a proposta de legalização do aborto até a 12ª semana viola o direito inalienável à vida ao não tratar o ser que em formação no ventre como uma vida humana: “se no Brasil tivéssemos com os nascituros o cuidado que se propõe, por exemplo, aos ovos de tartarugas marinhas, as nossas crianças em gestação estariam mais protegidas”, comenta.

“Estão querendo implantar o direito de matar e nós defendemos o direito de o feto viver, uma vez que a vida humana começa na concepção, desde o ventre da mãe. A manifestação representará um dia histórico, pois mostrará a união das igrejas e dos cidadãos em geral, independente de religião, em prol de um bem maior que é a vida”, reforça o presidente do Conselho de Ministros Evangélicos do Estado do Paraná (COMEP), Bispo Cirino Ferro.

Os organizadores ainda reforçam que o aborto não deve ser encarado como conquista, pois representa um drama social ao qual urge buscar a implementação de políticas públicas eficazes para combater suas causas e garantir a saúde da mãe e da criança.

comunicacao@mitradecuritiba.org.br

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