As eleições estão chegando, mas, ao contrário do que se esperava, ela não desestimulou o consumo. O comércio, mercado de automóveis e imobiliário na capital paranaense mostram um consumidor otimista.
Em agosto, por exemplo, o mercado de automóveis leves registrou um total de vendas de 11.832, com mais de mil unidades a mais do que o mesmo período do ano passado, segundo a Fenabrave/PR. Dados de agosto, da Fecomércio/PR, do primeiro semestre, mostram que é possível observar o crescimento de mais de 5% no ano no varejo paranaense, com desempenho positivo em todas as regiões. Os ramos com melhor desempenho até agora foram “concessionária de veículos” e “Materiais de construção”. Este resultado reflete a melhora nas vendas do varejo, na intenção de consumo das famílias e também da perspectiva positiva dos empresários em relação ao ano passado, possibilitados pela manutenção da inflação dentro da meta estipulada pelo Banco Central, pela disponibilidade de crédito ao consumidor e pela redução do desemprego.
O cenário também está mais otimista para o mercado imobiliário. A pesquisa mensal do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), do Secovi-PR, mostra que a quantidade dos imóveis residenciais e comerciais usados à venda caiu em Curitiba no mês de agosto, ou seja, mais negócios foram fechados no último mês. Em relação aos residenciais foram registradas de 25.446 unidades, queda de 1,2% em relação a julho. O número de imóveis comerciais foi de 1.759 unidades, representando queda de 0,6% na oferta.
Outro dado motivador é do índice de Venda de Usados Sobre Oferta (VUSO). No caso dos residenciais, o índice foi de 3,2%, o que representa um aumento de 0,7pps (pontos percentuais) com relação ao mês anterior e aumento de 1,4pps com agosto de 2017. O trimestre de 2018 teve um aumento de 0,7pp com relação ao ano anterior e apresentou queda de 0,3 pp. quando comparado a 2016.
Já o VUSO dos imóveis comerciais foi de 0,7, demonstrando aumento de 0,3pps com relação ao mês anterior e queda de 1,8 com agosto do ano passado. O trimestre de 2018 teve 0,5pp abaixo do trimestre de 2017 e comparado a 2016 apresentou queda de 0,6pps.
A estimativa de negociação nos residenciais em agosto foi de 814 unidades, 26,6% a mais que julho e 92,4% a mais na comparação com agosto de 2017. Os comerciais também se destacaram, com um aumento de 71,4% com o mês anterior e queda de 72,1% com agosto de 2017.
A estimativa de negociação nos residenciais em agosto foi de 814 unidades, 26,6% a mais que julho e 92,4% a mais na comparação com agosto de 2017. Os comerciais registram um aumento de 71,4% com o mês anterior.
No estudo, segundo o presidente do Inpespar, Michel Galiano, reflexos de um mercado mais otimista. “Observamos uma diminuição no estoque de imóveis residenciais e comerciais, tanto de vendas, como para locação, com preços mais adequados para atender à demanda, e por isso temos uma variação de preços muito próxima da observada com o índice de inflação”, explica.
Locação continua aquecida
O índice de Locação Sobre Oferta (LSO) dos imóveis residenciais demonstrou um aumento de 0,3pps (pontos percentuais) em relação ao mês anterior e aumento de 4,8pps com agosto de 2017. O trimestre de 2018 teve aumento de 3,5pps comparado com o mesmo período de 2017 e de 4pps com 2016.
A LSO dos imóveis comerciais também é positiva. O índice foi de 5,6%, representando um aumento de 0,8pp em relação ao mês anterior e de 1pp com agosto do ano passado. O trimestre de 2018 comparado com o de 2017 apresentou aumento de 0,5pps e foi igual ao de 2016.
Outra notícia boa para o setor, de acordo com a pesquisa é de que a inadimplência dos alugueis caiu novamente na capital paranaense. O índice de inadimplência em agosto foi de 2,3%, queda de 0,2pp comparado ao mês anterior e de 0,1 pp com agosto de 2017. Na média do trimestre, 2018 teve 0,2pps abaixo de 2017 e 0,6 acima de 2016.
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