A Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou no dia 1º de setembro os três melhores jogadores e jogadoras indicados para o prêmio de melhor jogador do ano. E adivinha? Lá está ela, a jogadora de futebol brasileira Marta Vieira da Silva. Esta é a 14ª vez que Marta está entre as três melhores do mundo, um feito inédito entre os jogadores do sexo masculino.
Em entrevista concedida ao site Dona do Campinho, Marta afirmou: “A gente fica feliz. É lógico que é gratificante e a gente acaba de alguma maneira colhendo os frutos de um trabalho que a gente começou aqui ano passado com o Pride. É muito legal poder estar entre as três. É um prêmio individual, mas nada seria possível se eu não tivesse as companheiras do meu lado no dia a dia me ajudando. Eu divido esse momento com elas também”.
Marta concorreu com a norueguesa Ada Hegerberg e a alemã Dzsenifer Moraszan, ambas jogadoras da vitoriosa equipe do Lion, na França. O prêmio da FIFA será entregue no dia 24 de setembro, em Londres. Para a indicação é levado em conta o desempenho dos atletas durante a temporada de 2017 e 2018. Neste ano a jogadora defendeu a camisa do poderoso Orlando Pride, time que disputa a série ouro no Estados Unidos.
Na temporada, a jogadora Marta foi vice-artilheira da Liga Profissional de Futebol Feminino dos Estados Unidos (NWSL), com 13 gols. E para calar aqueles que querem, ainda, realizar comparações entre os craques e que defendem a seleção feminina e masculina, Marta já completou 98 gols na Seleção Brasileira, superando, inclusive, o Rei Pelé, que tem 95.
Para acabar com certos comentários ignorantes que estamos cansados de presenciar nas mídias, vale lembrar ainda que a alagoana Marta Vieira da Silva é por cinco vezes a melhor jogadora do mundo, conquista esta nunca antes realizada por nenhum, repito, nenhum outro (a) jogador (a).
Quem tem Marta, não necessita de Neymar. Aliás, me poupem comparações desnecessárias entre ambos. Para quem conhece futebol, sabe que estar entre os três melhores do mundo é um feito incrível, mas estar entre os três melhores por 14 vezes é inacreditável. Para um bom entendedor, meio título basta.
Entre os homens, os jogadores escolhidos foram o português Cristiano Ronaldo; o egípcio Mohamed Salah e Luka Modric, croata, favorito depois de ter recebido um dos prêmios mais cobiçados pelos jogadores europeus e que tem como fama ser o prêmio que determina previamente o melhor do mundo: o Bola de Ouro 2018.
O fato é que alguns críticos têm que engolir e aplaudir a conquista, mesmo que ela passe raspando a garganta de alguns.
Autora: Marina Aggio Toscano de Pontes, ex-jogadora da Seleção Brasileira de Futebol e professora do Centro Universitário Internacional Uninter. ( lorena@pg1com.com)