Alteração no ritmo do coração é normal? Veja mitos e verdades

Com a lembrança do Dia Mundial do Coração, celebrado no dia 29 de setembro, aumentam as conversas e a nossa preocupação em torno da saúde de um dos principais órgãos vitais do corpo humano.

Em média, corações saudáveis de adultos batem entre 60 a 100 batimentos por minuto, porém a frequência cardíaca pode variar de pessoa para pessoa, de acordo com a idade ou até mesmo com a rotina. Indivíduos com melhor condicionamento físico, por exemplo, como jovens e atletas, tendem a ter frequências mais lentas, chegando durante o sono a 30 batimentos por minuto sem apresentar qualquer anormalidade.

Ainda, qualquer ser humano pode ter alterações no ritmo do coração – sejam elas benignas ou severas -, que são as arritmias cardíacas. E é bom estarmos atentos aos sinais. Pensando nisso, a Johnson & Johnson Medical Devices, uma das maiores empresas de saúde do mundo, montou uma lista com alguns mitos e verdades sobre o tema, confira:

1. Só devo cuidar do meu coração depois dos 60 anos.

MITO! É necessário manter sempre a atenção à saúde e aos sinais que o coração emite em qualquer idade, principalmente quando há casos de pressão elevada e sem controle (hipertensão) e histórico de doença cardíaca na família. O estilo de vida também conta: sedentarismo, fumo e álcool podem ser prejudiciais à saúde.

2. Sentir o coração palpitar frequentemente é normal.

MITO! O coração tem um mecanismo natural de aceleração que é acionado quando o indivíduo está praticando atividade física ou em situações de grandes emoções. Porém, quando isso acontece em situações de repouso é um sinal de alerta. A palpitação isolada pode significar apenas ansiedade, mas existem outros sintomas que, se não forem avaliados por um médico, podem avançar em consequências graves como infartos, insuficiência cardíaca (ou outras moléstias que afetam o músculo do coração) ou ainda, nos casos mais extremos, se manifestar por meio de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Entre esses sintomas estão: dor no peito ou dor torácica, desmaio, falta de ar, cadência lenta ou irregular do coração, intervalo entre os batimentos, debilidade, tontura, dor de cabeça, sudorese e sensação de estar sem fôlego.

3. Quem tem arritmia não pode consumir bebida alcoólicaenergético, café, chocolate e refrigerante.

MITO!  É permitido, mas o consumo deve ser moderado. Em excesso, essas substâncias podem induzir uma arritmia cardíaca. Combinados, podem ser um agente excitador, causar extrassístoles e fibrilação atrial, dois tipos de arritmias cardíacas que podem ter consequências graves e levar a morte.  Pequenas doses de cafeína não causam arritmias, mas aumentam a frequência cardíaca em torno de 5 a 10 batimentos por minuto. É preciso ficar atento e não exagerar para o coração não disparar de forma mais perigosa. Drogas, estimulantes e bebidas alcoólicas, especialmente em associação com energéticos, podem levar a arritmia cardíaca, crises de hipertensão arterial e até infarto.

4. Hipertensão pode ser um fator de risco para a arritmia ou um AVC?

VERDADE! A Hipertensão é fator de risco para diversas doenças cardiovasculares, entre elas a fibrilação atrial que é a arritmia mais comum do mundo¹, cuja consequência maior é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame.

A fibrilação atrial leva o coração a bater em um ritmo irregular e atinge entre 1,5 e 2 milhões de pessoas somente no Brasil.  Entre os sinais mais comuns da doença estão palpitações, dores ou desconfortos no peito, tontura e falta de ar. Em muitos casos, a FA é uma doença assintomática, ou seja, os pacientes só descobrem que sofrem dessa arritmia em sua manifestação mais grave, o AVC.

5. Arritmia não tem tratamento.

MITO! Algumas arritmias são crônicas e não têm cura, mas podem ser controladas com medicamentos e estilo de vida saudável. O cardiologista é o especialista mais indicado para diagnosticar o problema e recomendar o melhor método, que pode ser medicamentoso, ablação por cateter ou por implante de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI) como marcapasso (MP), Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI) ou Ressincronizador.

A American College of Cardiology (ACC), a American Heart Association (AHA) e a Heart Rhythm Society (HRS) recomendam a ablação por cateter para pacientes com Fibrilação Atrial quando os medicamentos não são efetivos no controle da doença.² Em muitos casos, pacientes que realizam ablação tem redução do número de episódios sintomáticos no longo prazo, da severidade dos sintomas e até retorno de um ritmo cardíaco normal ou regular (ritmo sinusal). É possível encontrar mais informações sobre este procedimento em  http://www.tenhoarritmia.com/.

 

¹ Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, FIBRILAÇÃO ATRIAL CAUSA AVC/DERRAME. Disponível em http://www.sobrac.org/campanha/fibrilacao-atrial-causa-avcderrame/. Acesso em 24/07/2018

²January CT, Wann LS, Alpert JS, et al. 2014 AHA/ACC/HRS Guideline for the Management of Patients With Atrial Fibrillation: Executive Summary, Journal of the American College of Cardiology (2014), doi: 10.1016/j.jacc.2014.03.021.

Saiba mais sobre nossas inovações mais recentes acessando: https://www.jnjmedicaldevices.com.

larissa.ribeiro@comuniquese1.com.br

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