A denominação Doença de Parkinson é homenagem ao médico que descreveu o mal, em 1817, James Parkinson, segundo lembra o neurologista Marcus Vinícius Della Coletta, Secretário do Departamento Científico de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
Ele relata ainda que os sintomas mais evidentes atingem a função motora do corpo, como tremor das mãos quando elas estão em repouso, lentidão dos movimentos, desequilíbrio, rigidez muscular, mas podem também afetar outras áreas e provocar alterações do sono, no intestino, dores musculares, alterações na fala e na deglutição.
“Um fator de extrema relevância é o diagnóstico precoce, pois o controle dos sintomas e a preservação da qualidade de vida são essenciais para o bem-estar do paciente e de seus familiares”.
O diagnóstico deve ser feito por um neurologista e é basicamente clínico, faz-se analisando os sintomas, as formas de evolução, a história de outras doenças associadas e o histórico familiar.
Doentes de Parkinson sofrem uma degeneração na região do cérebro chamada Substância Negra, que causa deficiência na dopamina (neurotransmissor que controla os movimentos finos e coordenados das pessoas).
Coletta afirma que atualmente já existem vários genes conhecidos que podem interferir no risco de alguma pessoa desenvolver a doença de Parkinson, mas a maioria destes genes sofre influência do estilo de vida e de fatores ambientais para desencadear a enfermidade.
Por isso, pontua a importância de ter hábitos alimentares saudáveis e a realizar atividade física regular, pois essas práticas podem trazer certa proteção adicional contra a doença.
Os pacientes precisam entender que a doença de Parkinson é uma enfermidade crônica, que necessitarão de tratamento constante. Não devem nunca abandonar os cuidados e orientações, pois isso pode agravar o quadro do paciente.
Atualmente existem duas linhas principais para o tratamento da doença, o medicamentoso e o cirúrgico. O médico afirma que os fármacos atuais ajudam a controlar de modo satisfatório a maior parte dos sintomas, no entanto, os tratamentos cirúrgicos estão ganhando mais espaço graças às técnicas avançadas.
“O Parkinson não tem cura, mas pode ser controlado”, conclui Coletta.
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