Contas em atraso diminuem em setembro
Síntese dos resultados (% em relação ao total de famílias) | ||||||
Mês | Paraná | Nacional | ||||
Total de Endividados | Com contas em atraso | Sem condições de pagar | Total de Endividados | Com contas em atraso | Sem condições de pagar | |
Setembro de 2017 | 89,6% | 27,8% | 9,7% | 61,7% | 26,5% | 10,9% |
Agosto de 2018 | 89,1% | 29,5% | 10,9% | 60,7% | 23,8% | 9,8% |
Setembro de 2018 | 89,4% | 27,5% | 11,3% | 60,7% | 23,8% | 9,9% |
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), mostra que o percentual de famílias endividadas no Paraná ficou em 89,4% em setembro, praticamente o mesmo percentual observado em agosto (89,1%). Em relação a setembro do ano passado, a parcela de famílias com dívidas também se manteve estável (89,6%).
O percentual de famílias com contas em atraso baixou de 29,5% em agosto para 27,5% em setembro e o Paraná figura na 12ª posição nacional neste aspecto.
A média nacional de endividamento ficou em 60,7% em setembro. Ainda que o Paraná figure entre os estados com maior número de endividados do país, isso se deve justamente à segurança no mercado laboral e à situação econômica do estado. No mês de agosto, foram gerados mais de 10 mil novos postos de trabalho Paraná, o que corresponde a 9% das admissões do país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A certeza de um salário ou renda no fim do mês motiva o consumidor a comprar mais, principalmente de forma parcelada. Assim, muitas das situações descritas como endividamento dizem respeito a compras a prazo, tanto que o tempo médio de endividamento dos paranaenses é de 6,6 meses.
Endividamento e renda
A proporção de endividados é bastante parecida entre as faixas de renda analisadas. Entre as famílias com rendimentos até dez salários mínimos, 89,2% possuem algum tipo de dívida, enquanto nas famílias com renda superior a esse patamar o endividamento atinge 90,6%.
O atraso no pagamento é mais pronunciado entre aqueles que ganham menos. Nas famílias com renda até dez salários mínimos, 29,8% possuem dívidas atrasadas. Já nas famílias com renda acima de dez salários mínimos, o atraso no pagamento é relatado por 16,5%. Da mesma forma, a falta de condição para pagamento das dívidas em atraso é maior entre as famílias com rendimentos até dez salários mínimos (13,1%), pela própria limitação da renda. Nas famílias com renda acima de dez salários mínimos, esse percentual é de apenas 4,7%.
Tipos de dívida
O cartão de crédito continua como o principal motivo de endividamento dos consumidores paranaenses, com 70% de utilização no mês de setembro. Verifica-se, no entanto, uma redução na comparação com o mês de agosto, quando o cartão de crédito foi mencionado por 74,3% dos endividados.
Em seguida ficou o crédito imobiliário, com 10,5%. Esse percentual era de 8,3% em agosto. O financiamento de veículo correspondia a 10,1% das dívidas em setembro. Em agosto era 9,2%.
Tipo de dívida | Total | Até 10 salários mínimos | Mais de 10 salários mínimos |
Cartão de crédito | 70,0% | 69,6% | 72,1% |
Cheque especial | 0,4% | 0,5% | 0,0% |
Cheque pré-datado | 0,1% | 0,1% | 0,0% |
Crédito consignado | 1,9% | 1,7% | 2,6% |
Crédito pessoal | 3,3% | 3,6% | 1,9% |
Carnês | 3,1% | 3,2% | 2,6% |
Financiamento de carro | 10,1% | 10,6% | 7,8% |
Financiamento de casa | 10,5% | 9,8% | 13,6% |
Outras dívidas | 1,1% | 1,3% | 0,0% |
ana.luz@pr.senac.br