As mãos denunciam a idade e geralmente por dois motivos: são esquecidas na hora da hidratação da pele e negligenciadas na proteção solar. Junte-se a isso o fato da área ter poucas glândulas sebáceas e, portanto, ser mais suscetível ao ressecamento e envelhecimento. “Dessa forma, três alterações indicam o envelhecimento das mãos: a perda de gordura, o aparecimento de manchas e as veias dilatadas”, explica a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
A perda de gordura, decorrente do próprio processo natural de envelhecimento, pode ser resolvida com uso de preenchedores; as manchas, por fotoexposição excessiva, podem ser tratadas com laser. E as veias dilatadas? Tem tratamento? “Sim e pode ser feito tanto em pacientes que sofrem com o processo de envelhecimento, como pacientes de 40 anos que praticam atividade física e ficam com veias saltadas. Mas esse é um tratamento estritamente estético”, afirma a angiologista.
De acordo com ela, dois tratamentos costumam dar bons resultados: a escleroterapia e o endolaser. “Na primeira situação, é aplicada uma espuma com um produto um pouco mais forte para tirar as veias da mão. Feito com duas seringas e uma torneirinha de rosca, esse produto é então aplicado na veia a ser tratada, sempre guiado por ultrasson para acompanhar a progressão do produto. Conforme a espuma entra em contato com a parede do vaso, ela vai criar um processo inflamatório intenso que vai cicatrizar a veia que se tornará um cordão fibroso e desconectará essa veia da circulação”, explica. A vantagem é que esse é um procedimento simples, com apenas uma injeção. Já quanto à desvantagem, a angiologista explica: “O inchaço é grande no pós e ele dura de dois a três meses, então é necessário usar uma luva para comprimir um pouco – similar àquela usada em tratamentos de manchas”, explica.
Já no caso do endolaser, a veia da mão é puncionada e uma fibra é colocada através de um introdutor dentro dela. “A ponta da fibra é posicionada e a outra extremidade da fibra é então conectada a um aparelho de laser ou radiofrequência que vai liberar uma energia que queima a veia. A fibra então é retirada lentamente enquanto a veia vai sendo cauterizada em todo o segmento a ser tratado. O interessante é que a veia não é retirada, ela vai ser queimada e se transformar em um cordão fibroso (uma cicatriz) não participando mais da circulação”, comenta. O pós também tem inflamação intensa e o uso de luvas é indicado.
FONTE: Cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Aline Lamaita é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e do American College of Phlebology. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. http://www.alinelamaita.com.
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