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Aneurisma: uma bomba relógio prestes a explodir

Aneurisma: uma bomba relógio prestes a explodirUma bomba relógio instalada pelo vilão, no assoalho de um carro, coloca o mocinho em risco e aumenta a tensão na sala. A cena é de um filme, mas poderia ser um caso de aneurisma da vida real. A doença, que ainda não tem as causas comprovadas cientificamente, é silenciosa, porém fatal. Segundo dados, 40% dos pacientes com aneurisma roto, ou seja, que já se rompeu, morrem antes de serem tratados, e os que não chegam à óbito, carregam alguma sequela.

O aneurisma é uma bolsa formada em artérias do cérebro em decorrência de uma malformação no período de desenvolvimento intrauterino. Durante a formação embrionária, alguns vasos da cabeça apresentam pontos mais enfraquecidos pela ausência da camada muscular, que dá estrutura e resistência para que tais artérias levem o sangue até o cérebro. A pulsação realizada para o transporte do sangue pressiona a camada mais fina dos vasos, formando tais bolsas onde o sangue se expande. Felizmente, graças aos avanços da medicina e do aumento da preocupação da população com a saúde, o índice de pacientes tratados com aneurismas não rotos aumentou nos últimos anos.

Segundo o especialista na área, o neurorradiologista intervencionista, Robertson Pacheco, o tratamento da doença antes do rompimento do aneurisma é mais assertivo, envolvendo menos riscos. Porém, a sua detecção acaba sendo um “achado”. “Normalmente, o paciente está investigando um problema clínico de cefaleia, ou seja, dor de cabeça comum e, por meio de exames de imagem avançados, como angiotomografia ou angioressonância, acaba descobrindo que possui um aneurisma”, revela o médico.  Já quando o aneurisma se rompe, o paciente sente uma dor insuportável, que pode vir acompanhada de perda de consciência, náuseas, vômito e outros sintomas. Neste caso, o tratamento deve ser realizado com urgência.

Nos dois cenários a neurorradiologia é indicada como uma opção menos invasiva, oferecendo riscos menores e uma recuperação mais rápida, de até três dias de internação. Utilizando o arsenal endovascular, onde há opções de cateterismo e embolização, o aneurisma é ocluso sem a necessidade de uma grande cirurgia. “Por isso é importante que o profissional da área tenha uma formação plena e sólida com relação aos métodos de tratamento para oferecer a melhor opção em cada caso”, acrescenta Robertson.

Por se tratar de uma doença crescente no decorrer do tempo, o risco de sangramento é cumulativo conforme a idade, havendo um pico de ruptura entre 40 e 60 anos. Isso não impede que pessoas jovens, que apresentam os fatores de risco, como hipertensão arterial e tabagismo, por exemplo, tenham um aneurisma roto antes da faixa etária de maior incidência. Ter uma rotina saudável, praticar exercícios e realizar exames regularmente podem impedir que algo mais grave aconteça.

Sobre o Dr. Robertson Alfredo Bodanese Pacheco

Formado em medicina pela Universidade Federal do Paraná em 1992, Robertson Alfredo Bodanese Pacheco especializou-se em Neurocirurgia no Serviço de Neurocirurgia em Curitiba (atual INC) e foi em busca de mais conhecimento na área em Paris, na França, onde cursou sua 2ª especialização, a Neurorradiologia Intervencionista, no hospital Pitié Salpêtrière, com o Prof. Alfredo Casasco. Há 18 anos nesta área, atualmente o médico está a frente do Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do Hospital do Rocio, em Campo Largo (PR), além de atender em outros hospitais de Curitiba.

Contato: www.facebook.com/doutorrobertsonpacheco

jornalismo@203comunicacao.com.br

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