Resultado de uma pesquisa realizada pelo ICTQ (Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade), em setembro deste ano, indica que 79% dos brasileiros com mais de 16 anos de idade têm o hábito de se automedicar. Entre pessoas de 25 a 34 anos, esse índice chega a 91%. “No Brasil, os medicamentos são o principal agente causador de intoxicação em seres humanos”, alerta o médico Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (Programa de Benefício em Medicamentos).
Para ele, muitas pessoas ignoram as sérias consequências que o uso descontrolado de alguns remédios pode provocar, inclusive os MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição). “Mesmo remédios que não tenham a necessidade de uma receita médica oferecem riscos à saúde das pessoas, se consumidos de forma abusiva. Os efeitos colaterais que eles podem provocar também variam de pessoa para pessoa, sendo mais graves para uns do que para outros. Por isso, até mesmo com os MIPs, o uso deve ser orientado”, explica Monteiro.
O PBM, além de permitir acesso ao tratamento medicamentoso prescrito por um especialista, e acompanhar se ele está sendo seguido pelo funcionário, possibilita também uma gestão sobre o uso que se faz do benefício. “Por meio de relatórios que os sistemas do programa geram, é possível avaliar se o tratamento está ou não sendo seguindo corretamente, como também sugerir se algum remédio está sendo usado de forma irregular ou fora do padrão. Nestes casos, é possível gerar ações orientadoras visando o correto uso”, completa o presidente da PBMA.
Hoje, no Brasil, funcionários de empresas como Telefônica Brasil, IBM, Caterpillar, Unilever, Arcelor Mital, Carrefour, Nestlé, Gerdau e Tigre, entre outras, já contam com medicamentos subsidiados por meio do PBM.
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