Em decorrência do diagnóstico tardio, o câncer de próstata continua sendo o segundo tumor maligno que mais faz vítimas entre os homens, só perdendo para o câncer de pulmão. A estimativa é que em 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, sejam diagnosticados 68 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil, sendo estimadas mais de 13 mil mortes por ano. Apesar da alta incidência e da elevada mortalidade associada, a detecção precoce aumenta as chances de cura e controle da doença em até 90%. Daí a importância do rastreamento periódico para todo homem a partir da quinta década de vida, já que a doença costuma ser silenciosa no estágio inicial.
Como ocorre em outros tipos de câncer, os mecanismos que determinam a multiplicação desordenada das células da próstata não são completamente conhecidos, embora se saiba que há o envolvimento genético e questiona-se a participação dos hormônios masculinos para o crescimento do tumor. De qualquer forma, o avanço da idade está comprovadamente associado ao aumento da probabilidade de desenvolver câncer de próstata, assim como o histórico familiar, um dos principais fatores.
Quem possui parentes diretos que tiveram essa doença, como pai e irmãos, apresenta um risco de adquiri-la de três a dez vezes maior do que o restante da população masculina. É oportuno lembrar, também, que os afrodescendentes são mais suscetíveis ao tumor maligno da próstata. A incidência da doença entre os negros é de 37%.
O Dr. Leonardo Otero Pertusier, urologista sênior e coordenador da Urologia do Check-up do Grupo Fleury – que detém a marca a+ Medicina Diagnóstica, no Paraná –, afirma que o câncer de próstata possui chances de cura de até 90% quando diagnosticado precocemente. Dessa forma, conhecer os fatores de risco é fundamental para a prevenção, sendo eles a hereditariedade, a idade (a incidência aumenta exponencialmente após os 50 anos), a má alimentação, a obesidade e hábitos não saudáveis, como o consumo excessivo de álcool e o tabagismo.
Para o Dr. Pertusier, iniciativas como o Novembro Azul são fundamentais para informar e sensibilizar a população. Sobre os exames preventivos, explica: “recomenda-se que homens a partir dos 50 anos de idade (45 anos, se tiverem fator de risco familiar) façam o exame de próstata anualmente, que inclui o toque retal e o exame de sangue, para checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico)”. Vale lembrar que um exame não substitui o outro, ambos são necessários.
Principais sintomas que merecem uma consulta médica:
No estágio inicial, o câncer de próstata costuma cursar de forma lenta e quase sempre sem sintomas e silencioso – o que aumenta a importância do rastreamento periódico para permitir o diagnóstico precoce. Os sinais clínicos, em geral, que podem se confundir com o crescimento normal e benigno da próstata, surgem numa fase mais avançada da doença onde o crescimento do tumor pode provocar complicações locais e também fora da próstata, e incluem:
• Dificuldade de iniciar a passagem da urina
• Dificuldade de interromper o ato de urinar
• Urinar em gotas ou jatos sucessivos
• Necessidade de fazer força para manter o jato de urina
• Necessidade premente de urinar imediatamente
• Sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos)
• Sangue na urina ou no esperma
• Dor durante a passagem da urina
• Dor quando ejacula
• Dor nos testículos
• Dor lombar, na bacia ou nos joelhos
• Sangramento pela uretra.
Genética
Estima-se que entre 5% a 10% dos casos de câncer de próstata são de origem hereditária. A Diagnoson a+ disponibiliza, por meio do Fleury Genômica, um teste chamado Painel Câncer de Próstata Hereditário que sequencia genes relacionados ao risco de desenvolvimento do câncer de próstata. A partir do conhecimento do perfil genético do indivíduo é possível ter um plano de acompanhamento personalizado onde o pilar de abordagem segue em conjunto com o rastreamento regular. Saiba mais em: www.fleurygenomica.com.br.
marinafelix@a4eholofote.com.br