As pessoas com diabetes possuem uma rotina diária de controle de glicemia, aplicações de insulina, atividade física regular e alimentação equilibrada. Nesta lista deve constar também o cuidado com o rodízio dos locais de aplicação e uso único de agulhas e/ou seringas. O ato de usar repetidas vezes a mesma seringa pode causar a lipohipertrofia, uma deformação do tecido subcutâneo, identificada através do enrijecimento do músculo e formação de “caroços”.
O tema ainda é pouco abordado entre os diabéticos e profissionais da área de saúde. De acordo com a OMS, 422 milhões de adultos, em todo mundo, têm diabetes. Isso significa dizer que, um em cada onze adultos têm a doença. No Brasil, são 12,5 milhões de pessoas com a patologia e carca de dois milhões realizam o tratamento com aplicações diárias de insulina.
No entanto, é possível alterar esse quadro quando o tratamento injetável é aplicado corretamente. “A lipohipertrofia pode ocorrer basicamente por dois erros no tratamento do diabetes: realizar aplicações de insulina sem fazer o rodízio dos locais ou reutilizar as agulhas, hábito comum entre os pacientes. Estes são os principais erros que podem interferir no bom controle glicêmico e causar deformidades no local de aplicação”, explica Carolina Mauro, consultora educacional de Diabetes Care da BD – empresa de tecnologia médica – que oferece soluções em agulhas e seringas para o tratamento do Diabetes.
Riscos da lipohipertrofia e reutilização
Um dos maiores riscos da lipohipertrofia é a interferência na eficácia do tratamento, pois o organismo passa a não absorver mais o hormônio corretamente e é preciso aumentar a dose para atingir o mesmo resultado. A aplicação da insulina no local comprometido, torna o tratamento imprevisível e aumenta os custos do tratamento.
Para evitar a lipohipertrofia, as pessoas com diabetes devem realizar o rodízio dos pontos de aplicação, utilizando todas as regiões recomendadas (braços, coxas, abdômen e nádegas) levando em consideração as atividades de rotina e exercícios físicos. Além disso, a reutilização deve ser evitada, a agulha reutilizada causa mais dor durante a aplicação, pois sofre alterações na ponta e na lubrificação, causando riscos de quebra e bloqueio de fluxo devido a cristalização da insulina. Na seringa, a escala de graduação desaparece, o que amplia erros no registro da dose de insulina.
Tratamento com agulhas curtas
As agulhas mais curtas (de 4 mm para uso com caneta injetora e de 6 mm para seringas) são recomendadas para todos os perfis de pacientes, independentemente da idade e perfil físico. Elas são mais confortáveis e seguras, pois reduzem o risco de uma aplicação intramuscular, ou seja, evita que insulina seja depositada no músculo, sendo corretamente injetada no tecido subcutâneo.
Quando falamos de agulhas e seringas para o tratamento do diabetes, a recomendação é a utilização de agulhas curtas, que são ideais para oferecer conforto ao paciente, facilitar a adesão ao tratamento e proporcionar um tratamento efetivo.
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