Por Luiz Carli, Diretor Geral da OKI Data Brasil
O aumento do número de dispositivos conectados e a consequente facilidade para comparação de produtos, serviços e preços têm levado os consumidores a um novo patamar de protagonismo na hora das compras. Essa nova forma de relacionamento com os clientes vem desafiando empresas de todos os portes e de variados segmentos e no comércio varejista, em especial, essa realidade móvel e Omnichannel tem se mostrado ainda mais desafiadora. Afinal, as novas formas de consumo provocam uma verdadeira revolução no varejo, com a busca por formas de oferecer sempre a melhor experiência de compra para os consumidores.
Mas como uma rede varejista pode se sobressair diante da concorrência em tempos de redes sociais, plataformas multimídia e sistemas integrados? A resposta para essa questão, acredite, está muito ligada à imagem e à sensação que a loja entrega ao seu cliente em seu ambiente físico. Segundo dados do POPAI (Point of Purchase Advertising International), 76% das decisões de compra do varejo acontecem dentro do ponto de venda. É primordial, portanto, que a comunicação com o cliente nesse local esteja sempre atualizada e de acordo com os objetivos de negócios estabelecidos para o momento.
Nesse cenário, uma inovação que tem crescido é o processo de cartazeamento eletrônico. A técnica permite, em síntese, o uso da tecnologia para gerar cartazes de forma muito mais fácil, rápida e sofisticada, garantindo maior atratividade e uniformidade à comunicação visual dos varejistas em seus pontos de venda.
São várias as vantagens de se utilizar esse tipo de solução. Uma delas, por exemplo, é a possibilidade de transmitir a identidade visual da marca de forma mais clara e harmônica, principalmente em grupos com várias filiais. Nas grandes redes de lojas, o sistema de cartaz eletrônico permite que o consumidor tenha sempre a mesma percepção visual da empresa em todos os seus ambientes, mantendo a comunicação mais coesa, confiável e inteligível.
Outro benefício importante é a oportunidade de explorar possibilidades visuais que não existiam antes. A comunicação de ofertas com esse tipo de impressão digital oferece a chance de incluir e trabalhar imagens junto aos preços e nomes dos produtos de maneira inovadora, tornando a peça mais atrativa. Além disso, é possível aplicar técnicas mais assertivas de comunicação, selecionando a melhor linguagem e os tipos, cores e tamanhos mais adequados.
Isso é essencialmente importante se lembrarmos que, de acordo com estudo da Colorcom*, uma imagem em preto e branco pode prender a atenção de uma pessoa por menos de dois terços de segundo, enquanto uma imagem colorida pode prender a atenção por dois segundos ou mais. O relatório ainda aponta que 42% dos consumidores tendem a ler anúncios em cores de forma mais frequente do que versões em preto e branco.
O cartazeamento eletrônico também promove mais agilidade aos varejistas, uma vez que as peças promocionais são geradas por meio de aplicativos e impressoras digitais. Isso garante a possibilidade de reação rápida aos movimentos da concorrência e às tendências de consumo, mantendo a qualidade técnica dos cartazes e com uma sensível redução de custos na maioria dos casos.
Apesar de ser uma tendência em franco crescimento, o processo também exige alguns cuidados para garantir que a inovação, de fato, traga ganhos para o negócio. É preciso ponderar, entre outras coisas, sobre a correta escolha dos programas para cartazeamento, o tipo de papel e de impressão e, ainda, o volume de informações de forma geral. No caso dos programas, por exemplo, há muitas opções disponíveis no mercado e cabe ao varejista identificar aquela que mais atende suas necessidades atuais, bem como avaliar se será adequada para as exigências futuras.
É preciso também alinhar o cartazeamento eletrônico a outras plataformas de comunicação, compondo uma linha estratégica com foco no aumento da qualidade do atendimento e, assim, do resultado do negócio. Outro ponto importante é observar e analisar continuamente a real experiência oferecida pela loja aos consumidores e qual o nível de satisfação dos clientes.
Por fim, o cuidado na escolha da impressora ou do fornecedor de serviços de impressão é fundamental. O ideal é identificar o modelo que melhor atende as necessidades no que diz respeito ao padrão de impressão a ser utilizado: impressões coloridas ou monocromáticas, em papel A4, A3 ou Super A3, bem como a gramatura. É recomendável e seguro investir em equipamentos com especificações superiores à sua necessidade atual, de forma a evitar gastos em um futuro próximo. Impressoras A3, coloridas com suporte a gramaturas superiores a 200g/m2 são as mais versáteis para esse tipo de aplicação. Ainda assim, é essencial aliar a segurança do fornecedor a ser contratado e os atributos dos equipamentos, como qualidade e robustez, para oferecer uma ampla rede de atendimento de assistências técnicas com cobertura para toda a sua região.
O varejo brasileiro não pode perder a chance de se modernizar. As empresas deveriam trabalhar para antecipar as necessidades dos consumidores e oferecer novidades que promovam uma experiência de compra efetivamente mais completa e agradável. Aliando a observação de tendências ao uso inteligente das tecnologias disponíveis, os varejistas podem realmente atrair, conquistar e fidelizar a atenção dos clientes, destacando-se em meio à concorrência ao entregar a melhor experiência de compra aos seus consumidores. A tecnologia para transformar os supermercados e varejos brasileiros já está disponível. Resta saber quem sairá na frente na nova corrida pela atenção dos consumidores.