Parece algo curioso ou digno da mente de um cientista maluco, mas o transplante de microbiota fecal, termo médico utilizado para definir o transplante de fezes, é uma prática médica reconhecida e instituída, beneficiando milhares de pacientes brasileiros. Com o passar dos anos, os médicos têm entendido como cada vez mais os profundos efeitos das bactérias que habitam o nosso intestino (microbiota) no funcionamento de todo o corpo. Esse efeito pode ser tanto benéfico (prevenindo doenças e diminuído danos à saúde) quanto maléfico (causando problemas não apenas no sistema digestivo, mas a todo o organismo).
O assunto será um dos destaques da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), evento que acontece em São Paulo de 17 a 20 de novembro e reúne mais de 6.500 especialistas de todo o continente. Durante todo o dia 18 (domingo) especialistas nacionais e internacionais trarão conferências e mesas redondas abordando a relação entre a microbiota e doenças hepáticas, metabólicas e até mesmo funcionais do aparelho digestivo, além de conferência sobre as novas fronteiras do estudo dos microrganismos com o mapeamento genético.