Afogamento é a segunda maior causa de óbitos entre crianças no Brasil

O verão e as altas temperaturas são um convite para um banho de mar, piscina e rio. Mas é preciso atenção e cuidado para que a diversão não acabe mal. De acordo com a Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros, a Operação Verão 2018 – 2019 já registrou 18 óbitos por afogamento no Estado. O número já é maior do que o registrado durante toda a última temporada, quando ocorreram seis óbitos.

Os cuidados se estendem a todos, mas é preciso atenção especial aos pequenos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Datasus de 2016, afogamento é a segunda maior causa de morte entre crianças e adolescentes de zero a 14 anos, destaca-se o número de mortes de crianças com idade entre  02 e 04 anos, onde dos 913 óbitos registrados naquele ano, 407 pertenciam a essa faixa etária.

Mas quais cuidados os pais devem tomar para evitar uma tragédia e aproveitar o verão de forma segura? Para o Prof° Dr. do curso de Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe; diretor médico do Samu Litoral de Paranaguá e Diretor de Recomendações da Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), João Claudio Campos Pereira, a atenção aos pequenos ainda é a melhor alternativa. “É muito importante que os pais estejam próximos aos filhos quando frequentarem as praias, piscinas e rios. Uma recomendação que damos é para que os pais fiquem a uma distância de um braço. Além disso, não deixem as crianças sozinhas”. Pereira ainda alerta para o uso do celular. “Existem vários relatos de crianças que acabam se afogando na frente dos pais, que estão utilizando o aparelho não dando a devida atenção”, explica.

Já as boias, comumente utilizadas como um item de segurança, podem esconder muitos perigos, como alerta o especialista. “A utilização desse recurso é extremamente perigosa, pois traz uma falsa sensação de segurança. No caso das boias em que as perninhas da criança são colocadas dentro, pode acontecer de ela virar e a criança se afogar sem conseguir sair. Já com as boias de braço, as crianças pulam na piscina e a boia sai”. De acordo com Campos não está proibida a utilização destes recursos, “mas eles não devem ser desculpa para diminuir a atenção”, afirma.

Outro ponto que merece atenção especial dos pais, são as piscinas. Neste caso a recomendação é para que elas tenham grades de proteção de, no mínimo, 1,20 metros. “assim as crianças não têm acesso à piscina e é possível evitar que elas entrem no local sem a supervisão de um adulto”, explica.

Cuidado e atenção redobrada nesses dias de calor intenso ainda são a melhor forma para aproveitar o verão de forma segura. Aproveite!

Fonte: Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros –  <ana.girardi@fpp.edu.br>