O Hospital Angelina Caron (HAC), em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, acaba de inaugurar uma Unidade de Dor Torácica (UDT), nos atendimentos de Urgência e Emergência no Pronto-Socorro do hospital. Além de atendimento 24 horas, a UDT conta com um cardiologista de plantão.
“A unidade amplia a rapidez na avaliação e no diagnóstico, pois segue protocolos específicos que, em casos de infarto, por exemplo, reduzem significativamente os riscos de sequelas e aumentam as chances de recuperação do paciente. A dor torácica tem um protocolo próprio a ser seguido que inclui exames de sangue, eletrocardiograma e outros mais avançados utilizados de acordo com cada caso”, explica o médico Dalton Precoma, chefe de cardiologia do HAC e diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Segundo Precoma, são poucos os hospitais que têm uma UDT especializada como essa em pronto-socorros. “Outro diferencial da unidade é que poderemos aprimorar a pesquisa clínica do Núcleo de Ensino e Pesquisa do HAC a partir do atendimento desses pacientes. Temos estudos específicos de dor torácica e infarto agudo, por exemplo”, detalha.
Atendimento deficitário
Estima-se que cerca de 8% a 10% dos atendimentos em salas de emergência no Brasil são de pacientes com sintomas de dor torácica, a maioria com suspeita de síndrome coronariana aguda (infarto e angina). Por outro lado, cerca de 2% a 3% dos pacientes com essa síndrome acabam sendo indevidamente liberados das salas de emergência sem ter a doença reconhecida ou suspeitada – público que acaba entrando nas estatísticas de 300 a 400 mil infartos do miocárdio por ano no país.