O Fórum de Ética e Compliance na Saúde, realizado na SAHE 2019 – South America Health Exhbition, contou com a participação direta do Instituto Ética Saúde. O presidente, Gláucio Pegurin Libório, integrou o Comitê que definiu os temas e palestrantes. Já o diretor executivo, Carlos Eduardo Gouvêa, apresentou o painel ‘Perspectivas de autorregulação na área de compliance em saúde – o caso do IES’, com destaque para o recém-lançado QualIES, o primeiro programa de avaliação do nível de maturidade de Sistemas de Compliance no setor. O evento foi entre os dias 12 e 14 de março, em São Paulo.
Durante a solenidade de abertura, Libório parabenizou a sensibilidade dos organizadores em promover dentro da SAHE um Fórum de Compliance. “Este é um tema extremamente relevante, tanto para a área da saúde quanto para o país como um todo”, destacou.
No painel sobre Ética e Compliance, Carlos Eduardo Gouvêa, explicou que o IES é uma entidade que reúne praticamente todos os players do setor – à exceção, ainda, dos planos de saúde – e que busca um ambiente de concorrência justa e transparente, por meio de condutas éticas entre todos, para a sustentabilidade da saúde público e privada.
Ele também detalhou os eixos de atuação, apresentou os integrantes dos conselhos de Ética e Consultivo; explicou sobre o Canal de Denúncias e as delações mais prevalentes; além dos encaminhamentos para os órgãos do governo com quem o IES tem acordos de cooperação firmados. “É importante a troca de experiências com os órgãos reguladores, que muitas vezes não conhecem os detalhes do setor da saúde. Assim como quem trabalha no mercado também não tem conhecimento pleno sobre a forma de atuação no combate a corrupção destes órgãos”, enfatizou o diretor executivo.
Gouvêa explicou ainda que o monitoramento do compliance é feito de dois modos: autoavaliação anual das associadas e por meio do QualIES, pioneiro na saúde. “O IES e as principais empresas de auditoria do mundo definiram um novo modelo de check-list para mensurar o grau de maturidade dos programas de integridade de uma companhia. O projeto é uma referência para todo o setor, que passa a enxergar o tema de forma homogênea e mais madura”, acrescentou. Estão homologadas para realizar as revisões dentro do QualIES: Deloitte, Ernst & Young, Grant Thornton, KPMG e PwC. “A classificação da maturidade dos Sistemas de Integridade vai de 1 a 5, de acordo com critérios e testes padronizados que avaliam gestão; políticas e procedimentos; treinamentos; terceiros/parceiros de negócios; monitoramento e auditoria; registros contábeis/testes de transação; e canal de denúncia”, elencou o diretor executivo do IES.
A iniciativa inédita no mercado brasileiro será apresentada agora em fóruns de saúde internacionais. “O IES tem procurado levar este exemplo de esforço conjunto pra outros países. No Brasil, o projeto de combate à corrupção na saúde começou pela iniciativa privada, mas existem governos pelo mundo que querem trazer pra dentro de seus mercados iniciativas como a nossa. Independentemente de quem promova, o fundamental é tornar o setor mais sustentável e perene para todos”, finalizou Carlos Eduardo Gouvêa.