“Seu objetivo é o estudo e reflexão acerca dos modos de representação da natureza pela cultura e pela arte, nomeadamente a Literatura, como forma de compreender as dinâmicas que afetam a vida humana e não humana no meio-ambiente, como modo de elaborar possíveis respostas às crises ambientais verificadas no mundo contemporâneo”, é o que explica Márcio Cantarin, professor do Departamento Acadêmico de Linguagem e Comunicação (DALIC) do campus Curitiba da UTFPR, sobre o Grupo de Estudos Ecocríticos (GECO).
O GECO é um grupo de caráter interinstitucional, coordenado pelos professores Klaus Eggensperger (UFPR) e Márcio Cantarin (UTFPR). É composto por alunos de graduação e pós-graduação de ambas as instituições, que se reúnem periodicamente para debaterem sobre textos críticos e literários de acordo com a perspectiva teórica da Ecocrítica.
A parceria entre UTFPR e UFPR é enriquecedora do ponto de vista das trocas acadêmicas; há, inclusive, no grupo, ex-alunos da graduação e mestrado da UTFPR que agora seguem cursando o doutorado na UFPR. Essa união também deu força ao grupo, que conseguiu assegurar a vinda para Curitiba da edição do V Congresso Internacional de Literatura e Ecocrítica, que acontece em Agosto de 2020.
Pesquisas em campo
Com a ideia de enriquecer e respaldar os estudos literários, e já em preparação para o evento de 2020, o grupo tem sentido a necessidade de que seus membros conheçam a realidade ecológica local, para além das paredes das salas de aula, e por isso vem promovendo saídas a campo, como forma de conhecer e interagir com saberes de outras áreas do conhecimento.
Neste ínterim é que, no dia 11 de maio, foi realizada uma visita técnica ao Centro de Estudos do Mar (UFPR – campus Litoral), na cidade de Pontal do Sul, onde os alunos tiveram uma palestra com Paulo Lana, oceanógrafo e professor doutor da UFPR Litoral, sobre aspectos sócio-ambientais que envolvem a presença humana e os conflitos existentes na baía de Paranaguá. Após a exposição do professor, o grupo saiu a campo, em um barco, para uma visita guiada pela baía com duração de mais de 5 horas, onde puderam conhecer a dinâmica de variadas interações ecológicas, questões sobre as políticas de preservação de manguezais e outras áreas, além de observar os impactos do lançamento do esgoto de Paranaguá in natura, diretamente nas águas do Rio do Chumbo.
Mais informações:
Maurini de Souza (ASCOM UTFPR Curitiba) 99102-8170