Um estudo inédito da 99, empresa de mobilidade urbana que integra a empresa global DiDi Chuxing, mostra que 52% de suas motoristas são mães e que boa parte delas trocou o setor privado pelo volante. Foram ouvidas 1.800 mulheres, que dirigem pela plataforma, em 23 estados brasileiros mais o Distrito Federal. O objetivo do levantamento foi entender um pouco mais sobre a relação entre a maternidade, família e a profissão.
A pesquisa mostrou que 80% das entrevistadas tem a profissão como principal fonte de renda e contribuem para as despesas do lar. Entre os motivos principais motivos para dirigir, mais flexibilidade e autonomia de horário (38,7%) e a possibilidade de uma renda maior (25,7%) foram as principais razões levadas em conta por elas na hora de se tornarem motorista.
Um exemplo é Vilma Bragliato, motorista parceira da 99, que viu sua vida se transformar após ingressar na nova profissão. “Há três anos, eu era apenas a mãe de dois filhos, avó de um neto, dona de casa, pensionista do INSS e viúva. Até que um dia minha filha, que é mãe solteira, perdeu o benefício do convênio médico para o meu neto. Eu não achei certo deixar uma criança sem uma assistência médica, foi quando eu conheci os aplicativos, me cadastrei e comecei a dirigir. Como sempre gostei de dirigir e de me relacionar com as pessoas, não demorou muito para me apaixonar por minha nova vida”, conta.
Assim como Vilma, que era aposentada, 39% das entrevistadas decidiram dirigir para complementar a renda doméstica. Os dados também trazem um retrato mais profundo, já que 43% delas trabalhavam para o setor privado anteriormente.
“O estudo nos ajudou a identificar quem são essas mulheres que estão gerando renda para suas famílias por meio nossa plataforma, criando uma nova dinâmica em suas vidas. São motoristas que, além de ajudar no equilíbrio das contas de casa, conseguem flexibilidade para se dedicar aos cuidados com a família, com a casa e estudos”, afirma Stella Brant, diretora de Marketing da 99.
Outro dado apontado é que essas mulheres enxergaram uma melhora real na qualidade de vida, tendo em vista que 42% dizem que sua situação financeira melhorou e 55% contam que, como motoristas, são capazes de dedicar mais tempo para suas famílias. “Desde quando comecei a dirigir, me sinto muito mais útil, pois meu neto tem seu convênio de volta, conquistei coisas para minha casa e até já troquei de carro duas vezes”, ressalta Vilma.
Quem são as mães da 99:
- 41% tem entre 35 e 44 anos;
- 10% são madrastas;
- 32% delas é solteira;
- 39% dirigem para complementar a renda da família junto com o companheiro/a;
- 60% das mães dizem ter uma família unida;
- 49% dizem ter total apoio dos companheiros/as e filhos.
<hbruno@golin.com>