A gripe já matou quase 100 pessoas no Brasil. O Paraná é o segundo estado com maior número de casos, segundo o Ministério da Saúde. Até o início deste mês, nove pessoas morreram em decorrência da Influenza no estado.
Em 90% dos casos de óbito, as pessoas apresentavam fatores de risco para a gripe, como idosos, pacientes com doença crônica, crianças, gestantes, indígenas e puérperas.
Outro dado preocupante é o fato de as pessoas que deveriam receber a vacina ainda não terem se imunizado, de acordo com o levantamento preliminar da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (Sesa). O último balanço do órgão também mostrou que apenas 45,3% da população prioritária havia sido imunizada.
A Unimed Laboratório, que integra a rede privada e oferece a vacina tetravalente, que protege contra a gripe A/H1N1, A/H3N2 e dois tipos (cepas) B, registrou maior procura da imunização por parte do público feminino com 55,3% das vacinas aplicadas. A faixa etária que mais buscou a vacina é a de idosos – acima de 61 anos – juntos, somam 22,5% do público imunizado no laboratório. A população de 21 e 30 anos foi a que menos procurou o local, contabilizando apenas 5% do total.
O médico especialista em infectologia Jaime Luis Lopes Rocha, diretor de Prevenção e Promoção à Saúde da Unimed Curitiba e responsável pela Unimed Laboratório, ressalta a importância da população buscar a prevenção. “Embora a gripe seja uma doença comum ao dia a dia das pessoas, é preciso ter consciência que ela pode levar a óbito”, explica, ressaltando que a imunização apresenta até 90% de eficácia.
Quem se vacinou no ano passado, deve vacinar-se este ano novamente, especialmente. Vale lembrar que a imunização inicia a sua ação de duas a quatro semanas após a vacinação e por isso, é extremamente importante que as pessoas se vacinem antes da chegada do inverno. “A vacina, diferente do que muitos pensam, não possui vírus vivos e não causa gripe. Todas as pessoas com idade superior a seis meses de idade, que não apresentem alergia comprovada, devem se vacinar, ainda que fora do cronograma do Governo Federal, reforça o especialista.
Para a proteção, além da vacina, o médico recomenda algumas medidas, como a constante lavagem das mãos, uso de álcool gel, não compartilhamento objetos de uso pessoal e a adoção da famosa etiqueta respiratória, que consiste em espirrar na parte interna dos cotovelos e cobrir a boca ao tossir para reduzir a disseminação do vírus.
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