O cenário musical na capital paranaense mudou nas últimas décadas. Muito se deu por conta das tecnologias, das mudanças na sociedade e, principalmente, pela internet, que proporciona uma interatividade versátil e rápida com o seu público. Além disso, a variedade e o estilo musical não estão mais presos em apenas um tipo. Ou seja, Curitiba é palco para bandas de Reggae, folk, rock, música alternativa e psicodélica, entre outras opções. Devido a isso, selecionamos cinco destaques musicais do primeiro semestre de 2019 e que tiveram um grande engajamento nas principais redes sociais e aplicativos onlines para você conhecer ou até mesmo relembrar e curtir um bom som.
Sr. Banana
Sr. Banana é uma das bandas paranaenses que teve um dos maiores destaques no cenário nacional no final da década de 1990 e início dos anos 2000. Depois de um hiato de 20 anos, retornou com o show Sunset Reggae Tour 2019, que conta com o repertório de seus principais sucessos como “Dignidade”, que foi inscrita para o Grammy Latino deste ano. Além das novas músicas “Não Vá” e “Pura confusão”. A Sr. Banana é composta por Eduardo Pizzato (vocal), Fabiano Neves (percussão), Bruno Balainha (baixo e backing vocal), Lúcio Trombini (bateria), Gabriel Teixeira (guitarra e backing vocal) e Gui Vianna, (violão e backing vocal).
Atualmente a banda está com o escritório Midas Music, de Rick Bonadio, com quem produzirá quatro novas canções para os próximos meses. A banda curitibana já teve a experiência de tocar em diversos festivais pelo Brasil e também já dividiu palco com grandes artistas, como Paralamas do Sucesso, Fernanda Abreu, Titãs, Cidade Negra, Mamonas Assassinas, além de abrir shows internacionais como Bon Jovi, Pato Banton, Big Mountain e The Waillers (banda de Bob Marley), que voltou à grande cena musical do Brasil no final do ano passado.
Música Não vá – https://www.youtube.com/watch?v=NsaciiAhUgY
Mulamba
A banda Mulamba é marcada pela força de poesia, que une diversas influências que vai do rock à música erudita. Além desse ponto, a voz feminina é dissonante e tem muito a dizer, pois a Mulamba representa um grito, suspiro de encantamento. As integrantes reforçam o protagonismo feminino na música nacional e lançaram seu primeiro disco em 2018.
Juntas desde dezembro de 2015, Amanda Pacífico (voz), Cacau de Sá (voz), Caro Pisco (bateria), Érica Silva (baixo, guitarra e violão), Fer Koppe (violoncelo) e Naíra Debértolis (guitarra, baixo e violão) são contundentes em reiterar os anseios e as inquietações de quem transforma a luta pela igualdade de gênero em batalha diária. Mulamba representa um grito de vozes silenciadas.
Música Mulamba – https://www.youtube.com/watch?v=353TNXIcUrA
Machete Bomb
A banda Machete Bomb aponta as características conhecidas de um curitibano. Deixando claro que, diretamente de Nossa Senhora dos Pinhais de Curitiba, como gostam de valorizar, a Machete Bomb tem a maneira de simbolizar como um soco reto no senso comum. Dentre os destaques da banda, há uma característica que é um dos pontos fortes da banda, a inserção de cavaco na levada de heavy metal, crítica com pegada de samba e rap com postura de bamba. Portanto, a própria banda classifica a Machete Bomb como um deboche genuíno, um gol de mão em dia de clássico!
O grupo curitibano é formado por Vitor Salmazo (vocal), Otávio Madureira “Madu” (cavaquinho), Rodrigo Spinardi (percussão), Rodrigo Suspiro (baixo) e Daniel Perim (bateria) que juntos surpreendem pela sonoridade e performance.
Música Babilonia Suja – https://www.youtube.com/watch?v=kwWjCnFZSl8
Escambau
Escambau carrega em seu estilo um som psicodélico, mas também apresenta outras vertentes, como samba, “baladão”, rock, disco, e mais um pouco. Além disso, Escambau, possui elementos como o rock argentino, o sex appeal do reggaeton e o tom do rock inglês. Hoje o quinteto é formado por Giovanni Caruso (voz e guitarra), Maria Paraguaya (voz, percussão e sintetizador), Zo (guitarra), Yan Lemos (baixo e voz) e Yuri Vasselai (bateria).
Há uma década que a banda curitibana Escambau está produzindo seus trabalhos. O primeiro foi “Acontece nas melhores famílias” (2009), com sequência de “Ordem e Progresso via pão & Circo” (2011), “Novo Tentamento” (2014), “Sopa de Cabeça de Bagre” (2017) e recentemente “Leite de Pedra” (2019).
Música Revoluções diárias – https://www.youtube.com/watch?v=hiPasB1XbOg
Raissa Fayet
É cantora, compositora, atriz e ativista. A sua versatilidade é a sua marca, já que da fusão de influências, como a música de raiz brasileira, misturada a arranjos modernos. Ela ainda possue carisma e habilidades de atriz, e toca violão, trompete de boca, beatbox e loop. Atributos que despontam como uma das grandes revelações da nova MPB. Outro ponto importante são as experiências adquiridas no exterior. Raissa trouxe essa musicalidade rica e diversa para seus trabalhos. Sua veia teatral é parte integrante de sua personalidade e performance no palco.
A artista também já desenvolveu dois trabalhos de destaque. O seu primeiro disco foi produzido e arranjado pelo produtor Tom Sabóia e por Alexandre Menezes, o Xandão, da banda O Rappa. Já o segundo álbum da curitibana foi ‘RÁ’, que é uma moderna, contemporânea e intensa mescla de pop com as mais vastas nuances da MPB. Em fevereiro de 2016, Raissa foi selecionada como um dos talentos da América Latina pela Red Bull Music Academy, a qual elegeu Raissa Fayet e Russo Passapusso, do Baiana System, para representar o Brasil na edição que aconteceu em fevereiro de 2016, no Chile.
Raissa já está na produção de seu terceiro disco, uma trilogia produzida por Guilherme Kastrup, do mesmo trabalho que “Deus é Mulher” e “A mulher do Fim do Mundo”, ambos de Elza Soares. O EP tem a previsão de lançamento para o início do segundo semestre.
Música São Jorge – https://www.youtube.com/watch?v=BmzU3M5XSOg