Organizações públicas e privadas adotam práticas para eliminar a liberação de gases na atmosfera que destroem a proteção natural da Terra
A preocupação com o meio ambiente é evidente e vem ganhando cada vez mais força por conta dos problemas ambientais enfrentados atualmente. A emissão de gases hidrofluorcarbono (HCFCs) na atmosfera, por exemplo, é pauta importante para organizações públicas e privadas. Esses gases contêm diversos átomos que, ao entrarem na estratosfera, sofrem a ação da radiação ultravioleta e liberam radicais livres que causam danos significativos nas moléculas de ozônio.
Iniciativas, como o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs – PBH, implantado em 2015, têm o objetivo de eliminar 100% da emissão de gases na atmosfera. O setor de espumas, por exemplo, foi escolhido pelo Ministério do Meio Ambiente, responsável pelo projeto, para iniciar o processo, pois representava em 2011, 43,58% do consumo de HCFCs em termos de potencial de destruição da camada de ozônio. O programa tem ações previstas até 2040 para acabar totalmente com a eliminação desses gases e, nesse período, outros segmentos entrarão no projeto, como de equipamentos refrigeradores.
No mercado de espumas, a Duoflex, referência mundial em tecnologia do sono, conseguiu eliminar 100% da emissão desses gases já em 2015, quando foi umas das primeiras empresas a ingressar na iniciativa. Com isso, recebeu da ONU o Certificado de Conversão Tecnológica do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, revela que com base em diversos estudos e pesquisas a empresa investiu em práticas efetivas para adaptar a linha de produção. “Nós efetuamos uma conversão tecnológica no nosso processo de fabricação de espumas, onde substituímos os HCFCs por outro gás que não agride a camada de ozônio. Para tanto, tivemos que investir em novos equipamentos, alterar a nossa planta fabril e capacitar nossa mão de obra”, conta.
Em 1992, a fabricante de travesseiros e colchões em espumas especiais já tinha sido a primeira empresa brasileira a produzir travesseiros sem a utilização de gases clorofluorocarboneto (CFC). A Duoflex descarta ainda o uso de matérias-primas de origem animal e prioriza o desenvolvimento de tecnologias ecológicas em sua política de inovação. “O processo de fabricação dos travesseiros Natural Látex, por exemplo, economiza até 65% de água, o que reforça nosso cuidado com o meio ambiente”, finaliza Renata.