Os medicamentos são a principal causa das intoxicações registradas no Brasil, seguidos por produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados, segundo dados da Anvisa e do Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox). A cada hora, três brasileiros sofrem por intoxicação causada por medicamentos, na maior parte das vezes consumidos sem a orientação de um médico ou farmacêutico.
Recente pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) apontou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros e que quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês.
Durante a semana em que é celebrado o Dia Internacional do Autocuidado (24/julho), Adriano Ribeiro, farmacêutico da rede de farmácias Extrafarma, reforça a importância de estar atento à própria saúde e consumir medicamentos de forma responsável, consciente e segura, uma vez que o consumo indiscriminado pode causar efeitos indesejáveis e trazer sérios riscos à saúde.
Confira os principais erros na hora de usar medicamentos e os danos causados pela automedicação.
9 hábitos das pessoas que se automedicam
– Consumir analgésicos e anti-inflamatórios em excesso
– Usar medicamentos por recomendação de amigos ou parentes
– Aumentar por conta própria a dose dos medicamentos
– Usar remédios caseiros, chás e vitaminas para tratar sintomas de doença, sem o devido acompanhamento
– Recorrer ao famoso “Dr. Google” e confiar em tudo o que lê na internet
– Interromper o tratamento antes do prazo recomendado
– Comprar medicamentos em locais sem regulamentação
– Usar produtos com validade vencida
– Comprar medicamentos fora da embalagem original ou com o lacre violado
5 riscos da automedicação
– Causar intoxicação
– Mascarar sintomas de doenças graves
– Cortar ou potencializar o efeito de outras medicações
– Tornar o organismo resistente a tratamentos
– Tornar o organismo dependente de substâncias presentes no medicamento
“Diante de qualquer sintoma, o melhor a fazer é procurar um médico. O farmacêutico também cumpre um papel importante, pois está capacitado para informar o consumidor sobre os riscos potenciais relacionados ao uso dos medicamentos. Ele é o último profissional a entrar em contato com o paciente antes do início do tratamento, portanto sua ajuda é essencial”, ressalta o farmacêutico. <Isabela.nader@nectarc.com.br>