Historicamente, o gênero feminino é o que mais se preocupa com a própria saúde[3]. De acordo com o Ministério da Saúde, os homens costumam ter mais doenças graves ou crônicas do que as mulheres e também são os que mais sofrem óbitos pelas principais causas de morte do mundo[4]. Apesar destes índices, essa parcela da população apresenta menor presença em consultórios e é pouco ativa na busca por serviços de saúde básica[5].
Segundo o Centro de Referência da Saúde do Homem, da Secretaria da Saúde de São Paulo, cerca de 60% dos pacientes do sexo masculino são diagnosticados com quadros de doenças já avançados em decorrência da demora na procura por cuidados profissionais[6]. Este cenário, comum no perfil do paciente brasileiro, pode até dificultar os tratamentos de algumas condições.
É o caso da osteoporose, doença que afeta a densidade dos ossos do corpo humano, deixando-os frágeis e suscetíveis a quebras[7]. Quanto mais a patologia evolui, maior é a chance de fraturas por fragilidade, que afetam a qualidade de vida dos pacientes, aumentando a probabilidade de novas quebras e comprometendo a mobilidade e independência do indivíduo[8].
A osteoporose é uma doença conhecida por afetar mais mulheres do que homens – de acordo com a Federação Internacional de Osteoporose (IOF), 1 em cada 3 mulheres com mais de 50 anos sofrerá uma fratura osteoporótica na vida, enquanto 1 em cada 5 homens passará pela mesma situação[9]. Entretanto, isso não significa que eles não estão em risco. Pelo contrário: a taxa de mortalidade devido a complicações das fraturas por fragilidade é mais alta em indivíduos do sexo masculino[10].
“É mais difícil realizar o diagnóstico da osteoporose nos homens. Há estudos relevantes que apontam que os homens tendem a se preocupar menos com a própria saúde e que podem ser mais resistentes em relação à procura de um especialista e à adesão de tratamentos, muitas vezes por conta de barreiras socioculturais”, aponta o Dr. Bruno Ferraz, endocrinologista e Coordenador do Núcleo de Saúde Óssea e Osteoporose do Hospital Sírio-Libanês.
Estudos apontam que grande parte dos homens acredita que o ato de se preocupar com a saúde é característico do gênero feminino[11]. “No caso da osteoporose, a barreira é ainda maior, pois a doença costuma ser associada às mulheres”, diz o especialista. A osteoporose é mais comum em mulheres devido à perda óssea que ocorre com a menopausa, mas ela também acomete os homens.
“Recomenda-se que todo homem com mais de 70 anos realize o rastreamento da patologia. No caso dos que têm fatores de risco para fraturas por fragilidade – como fumantes, indivíduos com histórico de fraturas na família, sedentários, entre outros –, os exames preventivos devem ser realizados a partir dos 50 anos de idade”.
O Dia do Homem é uma época estratégica para desmistificar essa percepção e realizar alertas sobre a saúde masculina. “É uma forma de incentivá-los a manterem um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas, além de lembrá-los de realizarem exames de check-up de tempos em tempos”, completa Dr. Bruno Ferraz.
Sobre a UCB
A UCB Biopharma é uma empresa global biofarmacêutica focada na descoberta e desenvolvimento de medicamentos e soluções inovadoras para transformar a vida das pessoas que vivem com doenças graves em imunologia e neurologia. Com mais de 7.500 pessoas em aproximadamente 40 países, a empresa gerou uma receita de € 4,5 bilhões, em 2017, e investe 25% de seu lucro em pesquisa e desenvolvimento.
[1] Facts and Statistics – Osteoporosis in Men – International Osteoporosis Foundation.
[2] Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – Ministério da Saúde.
[3] Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? GOMES, Romeu; NASCIMENTO, Elaine; ARAÚJO, Fábio.
[4] Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – Ministério da Saúde.
[5] Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – Ministério da Saúde.
[6] https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/15370-60-dos-homens-so-vao-ao-medico-com-doenca-em-fase-avancada. Centro de Referência da Saúde do Homem – Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Acessado em 03/07/2019.
[7] http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/53593-osteoporose-entenda-a-doenca-silenciosa-que-torna-ossos-frageis-e-quebradicos. Blog da Saúde – Ministério da Saúde. Acessado em 02/07/2019.
[8] Qualidade de vida em pacientes com osteoporose: correlação entre Osteoporosis Assessment Questionnaire (OPAQ) e The Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health Survery (SF-36. LEMOS, Maria; MIYAMOTO, Samira; VALIM, Valéria; NATOUR, Jamil.
[9] Facts and Statistics – Incidence and burden – International Osteoporosis Foundation.
[10] Facts and Statistics – Osteoporosis in Men – International Osteoporosis Foundation.
[11] Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? GOMES, Romeu; NASCIMENTO, Elaine; ARAÚJO, Fábio.
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