A esclerose múltipla afeta 40 mil brasileiros na faixa etária mais ativa da vida – entre 20 e 40 anos são afetados pela Esclerose Múltipla (EM). Ainda assim, é pouco conhecida entre os cidadãos.
Justamente por isso, amplo processo de conscientização vem sendo promovido por entidades médicas, como a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) permanentemente, com ênfase em todo mês de agosto, batizado de Agosto Laranja.
A ideia é criar laços entre as pessoas afetadas pela Esclerose Múltipla e as pessoas envolvidas na investigação científica e social sobre a doença.
A esclerose múltipla é uma enfermidade neurológica autoimune e pode afetar diversas partes do sistema nervoso central (cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula).
“Dependendo da área afetada, o paciente pode ter alteração da visão, amortecimento ou perda de força em uma parte do corpo, entre outros sintomas. Estes sinais duram mais de 24 horas e nós os denominamos como surto, que são a característica da doença”, destaca a neurologista Mônica Parolin, membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
Ela informa que o diagnóstico é de extrema importância para dar início ao tratamento o mais rápido possível. Atualmente existem vários tipos de tratamento, no entanto, a indicação de qual deles melhor se adequa a determinado paciente depende das especificidades de cada paciente, pois são muitas variáveis e a decisão deve ser tomada entre o neurologista e o enfermo.
“É preciso lembrar que a maioria dos pacientes possui uma vida normal ou bem próxima disso. É imprescindível conscientização da população e da classe médica para a doença que ainda não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada, principalmente no início”, ressalta a neurologista.
“Hoje as pesquisas são inúmeras e eu falo sempre aos meus pacientes que é expressamente proibido não ter esperança”, conclui, Mônica Parolin. <acontece@acontecenoticias.com.br>