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Dia Nacional do Doador de Órgãos: HAC se prepara para realizar o milésimo transplante renal

Referência internacional, o Serviço de Transplantes de Órgãos do Hospital Angelina Caron (HAC) se prepara para uma marca histórica: transplantar o milésimo rim ainda este ano. Com quase 20 anos de atuação na instituição de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, o Serviço de Transplantes realiza uma média de 50 procedimentos renais a cada ano.

Fundado em 2000, o serviço do HAC acompanha as inovações internacionais para oferecer aos pacientes o que há de mais moderno em transplante de órgãos. Após sua fundação, foi realizado em janeiro de 2001 o primeiro transplante de pâncreas do Paraná, um dos procedimentos mais complexos na área.

Dez anos depois, outro marco foi obtido, o que rendeu reconhecimento internacional para o hospital: a primeira realização bem-sucedida, em todo o continente americano, de um transplante de fígado adulto com dois doadores vivos. O HAC é hoje um dos principais centros do país, com vasta experiência no transplante renal, pancreático e hepático, com uma média de 300 transplantes a cada ano.

Dia Nacional do Doador de Órgãos: HAC se prepara  para realizar o milésimo transplante renal
Foto: Bruno Stuckert

15% dos procedimentos no Paraná

O Hospital Angelina Caron realizou 252 transplantes em 2018.  Segundo dados da Central de Transplante do Paraná, foi a instituição com mais procedimentos feitos no estado, respondendo por 15% dos procedimentos.

Uma das especialidades mais destacadas é a do transplante de pâncreas/rim: dos 15 casos no Paraná em 2018, 12 ocorreram no HAC (80%). “Procedimentos complexos como esses reforçam a posição do Angelina Caron como referência para transplantes no país. Podemos mencionar ainda os números de procedimentos de fígado (23% de todo o estado) e rim (25%)”, destaca João Nicoluzzi, médico responsável pelo setor.

Transplante pediátrico

Em julho, o Hospital Angelina Caron foi credenciado pelo Ministério da Saúde para realizar transplantes em pacientes pediátricos em todas as modalidades, em especial fígado e rim, de crianças de quatro meses a 16 anos. Tornando-se um dos três hospitais credenciados a realizar transplante infantil na Região Sul.

Segundo Nicoluzzi, os procedimentos pediátricos são uma carência nacional, agravada pela complexidade do transplante conforme a idade do paciente. “Quanto mais velho, mais parecido o organismo é com o dos adultos. Os pacientes muito pequenos precisam atingir o limite de dez quilos para o transplante. Os casos mais comuns são intrafamiliares, quando pais doam um rim ou parte do fígado para seus filhos. Doadores adultos de fígado também podem salvar duas vidas infantis, em geral”, detalha o cirurgião, informando serem poucos os casos de doação de órgãos de criança para criança.

À espera de um pulmão

Outro credenciamento importante, obtido já há dois anos, é o de transplante de pulmão: desde então, foram vários os processos para que o hospital e toda a equipe estivessem aptos, além da preparação dos pacientes para a cirurgia, que será a primeira do tipo no Paraná.

“Atualmente, temos dez pacientes aguardando o órgão compatível. O processo é complexo e tem algumas particularidades fundamentais para a recuperação pós-cirúrgica. Não é necessária somente a compatibilidade sanguínea: os pulmões doados não podem ter sinais de infecção ou indícios de lesões por trauma. Além disso, devem ser compatíveis em tamanho com o receptor. São detalhes fundamentais que apontam para a importância da conscientização em prol da doação de órgãos no Brasil”, pontua o médico Frederico Barth, responsável técnico do Serviço de Transplante Pulmonar do HAC.

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