O Instituto Lico Kaesemodel, idealizador do Projeto Eu Digo X de conscientização e diagnóstico a respeito da Síndrome do X Frágil, assinou na última terça-feira (24), o convênio de cooperação junto ao Centro de Integração Escola – Empresa (CIEE), com o objetivo de integrar os jovens com X Frágil no mercado de trabalho.
A síndrome do X Frágil é uma condição genética que apresenta atraso no desenvolvimento, com características variáveis de comprometimento intelectual, distúrbios de comportamento, problemas de aprendizado e na capacidade de comunicação.
“Muitos dos jovens, hoje cadastrados no Projeto Eu Digo X, por conta própria e das famílias, já procuraram recolocação no mercado de trabalho, mas sem sucesso. Alguns já trabalharam em grandes empresas, mas pelo desconhecimento do comportamento do X Frágil, eram demitidos por não se adequar aos parâmetros sociais, gerando conflitos desnecessários”, explica Luz María Romero, gestora do Instituto Lico Kaesemodel.
Segundo Luz María, a criança acometida pela Síndrome do X Frágil, se diagnosticada precocemente, e com isso tenha o atendimento adequado, com tratamentos corretos, se desenvolve de modo que pode sim realizar atividades profissionais. “Muitos dos nossos jovens, hoje em idade ativa, possuem independência de locomoção e de decisões, faltando apenas a independência financeira”, reforça.
Para que um jovem X Frágil possa atuar no mercado de trabalho e alcance desempenho profissional, o empregador precisa ter conhecimento a respeito das limitações do contratado, criando um ambiente propício, adaptado para concentração e com suporte. “As empresas precisam aprender a delegar tarefas às pessoas com deficiência cognitiva, como por exemplo ao Jovem X Frágil, respeitando a capacidade e seu tempo de produção”, alerta Luz María.
Com o projeto desenvolvido junto ao CIEE, os jovens com Síndrome do X Frágil passaram por entrevista de seleção, buscando traçar os limites, condições e aptidões.