Movimento de adesão mundial para conscientizar e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, a campanha do Outubro Rosa é o destaque do mês. A visibilidade é facilmente compreendida, pois se trata da segunda neoplasia que mais acomete as mulheres brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), representa cerca de 29% dos novos casos no país a cada ano.
A opinião dos especialistas é a mesma com relação a esse assunto – quanto mais cedo a doença é detectada e o tratamento iniciado, maior a probabilidade de cura, assim como acontece com outros tipos de tumores. Segundo o oncologista clínico do Hospital Pilar, Elge Werneck (CRM-PR 35939 / RQE 20654), “diagnóstico precoce é a melhor ferramenta”.
O médico explica que a prevenção é muito importante para diminuir a incidência desse problema, apesar de não ser totalmente possível evitar, em função da variedade de fatores relacionados ao surgimento da doença. “Para reduzir os riscos de ter o câncer de mama, uma das formas é praticando exercícios físicos regularmente ao menos três vezes por semana com intensidade moderada por 30 minutos. Manter uma dieta equilibrada, rica em alimentos frescos e ter cautela quanto à ingestão de álcool também são atitudes recomendadas. Além disso, evitar o tabagismo e priorizar hábitos saudáveis do ponto de vista emocional”, recomenda Werneck.
O oncologista clínico orienta ainda que todas as mulheres acima de 40 anos devem ser submetidas anualmente à realização de mamografia. “Como exceção à população geral está a mulher com fatores de risco para a doença, ou seja, as que possuem parentes em primeiro grau que tiveram o tumor. Por exemplo, se a mãe da paciente teve seu diagnóstico de câncer de mama com 45 anos, é recomendável que ela faça a primeira mamografia 10 anos antes, com 35. Caso não haja fatores de risco, mantém-se a idade de 40 anos como recomendação geral”, explica. Além da mamografia, o autoexame é muito importante. Não substitui, porém, as outras avaliações médicas, devendo ser uma complementação.
Quanto ao tratamento, há diferentes alternativas, sendo que há possibilidade de combinar terapias para melhorar o resultado e reduzir os efeitos colaterais. “A cirurgia é o melhor caminho nos casos em que o tumor está restrito à mama. No entanto, um grande número de pacientes se beneficia de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia para eliminar o problema. Lembrando que a prevenção e o diagnóstico em fases iniciais são as melhores ferramentas para a cura”, conclui o profissional.
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