A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI – participou da 5ª edição do OPMED – Congresso Nacional de Órtese, Prótese e Materiais Especiais, que está sendo realizada de 21 a 24 de novembro, no Centro de Eventos do Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto/SP. Segundo os organizadores, “o evento, considerado um dos maiores do Brasil na área, reúne cerca de 800 participantes de todo o país e tem como objetivo fomentar novas ideias para o segmento e discutir sobre os principais gargalos do setor, que movimenta cerca de R$ 14 bilhões anualmente”.
O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, esteve presente acompanhado do diretor-executivo, Bruno Bezerra. Rocha destacou as distorções na saúde reveladas na 2ª edição de “O Ciclo de Fornecimento de Produtos para Saúde no Brasil”, lançado, em São Paulo, durante o II Fórum ABRAIDI. O presidente da ABRAIDI comentou com os participantes que houve um agravamento da situação com a supressão de mais de R$ 1 bilhão por operadoras de saúde e hospitais. “As perdas provocadas pelas distorções ficaram em 55%. Em levantamento anterior, o mesmo índice estava em 42%”, ressaltou Sérgio Rocha lembrando que a situação precisa ser resolvida por todas as partes e players.
As retenções de faturamento representaram, segundo a pesquisa da ABRAIDI, um contingenciamento de recursos da ordem de R$ 488,5 milhões. Em 2017, a situação era ainda pior com retenção de R$ 539,6 milhões. “Tivemos uma queda de 9,46%. Avaliamos que foi resultado do trabalho da Associação ao levantar o dado pela primeira vez na história, mas, principalmente, da queda de faturamento dos associados: de R$ 5,5 bilhões para R$ 4,8 bilhões. Se as empresas vendem menos, há uma retenção também menor”, avaliou Sérgio Rocha.
O presidente da ABRAIDI propôs, no final da palestra, uma ampla reforma do SUS, com centralização regional de especialidades, foco no atendimento primário e saúde da família, uso de novas tecnologias efetivas, participação em PPPSs, fluxo de distribuição de verbas e profissionalização da gestão em todos os níveis. Para Sérgio Rocha, é essencial a defesa do setor da saúde como um todo, com foco no paciente e tendo como norte de atuação a ética e a integridade. “Precisamos buscar uma agenda de reformas que garantam a sustentabilidade dos negócios”, finalizou.