Estudo também relevou que o smartphone é o dispositivo mais utilizado pelos consumidores no país ao realizar compras virtuais.
Durante seu Fórum Anual de Inovação para a América Latina e o Caribe (LAC), a Mastercard anunciou os resultados de um novo estudo que descreve as necessidades e expectativas dos compradores virtuais da região e o que precisa ser feito para que comprem com maior frequência. Para realizar este estudo, a Mastercard trabalhou com a Kantar para pesquisar consumidores da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, México, Peru e Porto Rico.
O comércio eletrônico está em uma trajetória ascendente notavelmente rápida na região. Segundo o E-Marketer, as vendas eletrônicas na região da América Latina deverão crescer 21,3% este ano para US$ 71,34 bilhões. Entre os principais fatores que impulsionam esse crescimento estão o crescente poder econômico da geração Y, que representa quase 30% da população de LAC, além da proliferação quase universal de smartphones, que permitem compras instantâneas.
O estudo mostra que o Brasil é o país onde os consumidores fazem compras virtuais com mais frequência, com 15% comprando a cada três dias ou menos, 21% comprando uma vez por semana e 12% comprando uma vez a cada duas semanas. Consumidores do México e da Colômbia ocupam as duas posições seguintes, com mais de uma compra a cada quinze dias. O quarto e o quinto lugar são ocupados pelos consumidores da Argentina e da Costa Rica, com uma compra a cada duas semanas. No Chile e no Peru, os consumidores fazem compras com menor frequência, cerca de uma por mês.
O estudo também relevou os dispositivos mais utilizados pelos consumidores brasileiros, 53% afirmaram realizar compras virtuais utilizando seu smartphone, enquanto 45% utilizam o desktop e apenas 2% usam um tablet. As categorias mais compradas são equipamentos eletrônicos; roupas sábados e acessórios; entretenimento e produtos de beleza e higiene pessoal.
Analisar a extremidade inferior do espectro pode ajudar a compreender o tamanho da demanda latente que existe no comércio eletrônico da região. Por exemplo, em todos os países pesquisados, 30% a 40% dos consumidores fizeram pouquíssimas compras virtuais. Entre essas categorias estavam “uma vez a cada dois meses”, “uma vez a cada seis meses” e “menos frequentemente do que uma vez por ano”.
Outra descoberta interessante da pesquisa é que é comum as pessoas nos países da região abandonarem o carrinho de compras on-line, principalmente no Brasil, Colômbia e Peru. Quase 30% dos consumidores brasileiros afirmaram abandonar o carrinho com frequência. Em geral, esse comportamento não está necessariamente relacionado com a complexidade do processo de check out.
Ao discutir as preocupações ligadas ao comércio eletrônico, uma das preocupações mais importantes dos compradores no México, Colômbia, Peru, Costa Rica e República Dominicana foi o medo de vazamento dos dados do cartão durante ou após a compra.
O fato de os consumidores não poderem tocar fisicamente o produto foi citado como barreira pelos entrevistados do México, Colômbia, Peru, Chile e Argentina. Os brasileiros que foram entrevistados para a pesquisa apontaram para os altos custos do envio de produtos como outra barreira a restringir suas compras, que também é destacada por aqueles que moram na Argentina e no México. Os atrasos experimentados no envio foram um assunto destacado por aqueles que moram na República Dominicana e no Chile, onde existe ainda uma barreira adicional ligada à preocupação de o produto chegar ao endereço certo, segundo muitos dos entrevistados.
Outro insight resultante do estudo é que a maioria dos consumidores tem um forte desejo de crescer para além das senhas e ver a biometria como a próxima fase de sua autenticação. Entre essas medidas de autenticação biométrica podem estar impressões digitais, reconhecimento facial e outras formas emergentes de identificação. Os consumidores que desejam esse recurso variam de 63% em Porto Rico a 83% na Costa Rica. Significativamente, mais de 80% dos consumidores na maioria dos países pesquisados desejam a autenticação biométrica, confirmando a importância para os consumidores dessa nova tecnologia em desenvolvimento.
Black Friday – Para analisar o volume de vendas da Black Friday, o Uol Diveo fez um levantamento com 20 clientes varejistas de diversos setores. Destes, oito constataram um aumento de 40% no faturamento, se comparado a mesma época em 2018. A pesquisa, que aconteceu durante a Black Friday, de 25 a 30 de novembro (semana conhecida como Black Week), revelou que um grande varejista de moda que é cliente do Uol Diveo registrou os seguintes crescimentos: 48% em pageviews, 90% em faturamento, 22% em sessões e 15% mais usuários este ano. Já um outro cliente que é uma grande rede de supermercados apontou que teve 69% de aumento em sessões e 68% em usuários. Entre os setores que mais tiveram vendas estão: varejo de moda, bens de consumo embalados, tais como bebidas, alimentos e cosméticos.
Seguindo a onda de nuvem está a compra via mobile, já que esse ano foi registrado um alto volume de consumidores que baixaram os aplicativos oferecido pelos varejistas e concluíram suas compras neste ambiente.
No ponto de vista de marketing, a pesquisa constatou um movimentou prévio dos clientes no quesito de propaganda das promoções. As empresas de comércio eletrônico lançaram campanhas já no início de novembro, que fez com que os consumidores antecipassem as compras. Dessa forma, o consumo de infraestrutura foi beneficiado ao descentralizar a necessidade de recursos computacionais, otimizando o investimento do varejista virtual.
Além da pulverização das propagandas antecipadas, outras frentes foram abertas para que o varejo atingisse o público de interesse. Enquanto um varejista apostou em uma programação de ofertas de 5 horas com os maiores Youtubers do Brasil e transmissão simultânea em oito canais, outra empresa optou por transmitir shows de diversos ritmos – sem abrir mão de expor seus produtos.