Quase 30% das vendas de produtos fraudulentos foram feitas por parentes ou amigos.
Esquemas de pirâmide, golpe de seguradora e das ações ou fundos antigos esquecidos. Estas são algumas armadilhas financeiras que pegaram os consumidores brasileiros: 11% já perderam dinheiro em esquemas de investimentos fraudulentos, aponta pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil.
Promessa de alta taxa de rendimento é o principal motivo destacado por investidores vítimas de fraude: 44% dos entrevistados foram influenciados dessa forma; 36% disseram que foram persuadi-dos pelo fato de não ser necessário entender de investimento; e 32% destacaram o baixo risco apresentado. A venda foi realizada principalmente por um consultor autônomo não registrado ou licenciado (43%), amigo ou parente (29%) ou por membro de um grupo ou organização a qual pertence (26%).
Seis em cada dez entrevistados afirmam não ter recuperado os valores perdidos na fraude (62%), sendo que 35% já desistiram de receber; 27% ainda têm essa esperança. Em contrapartida, 38% conseguiram reaver valores perdidos. Nesse caso, 18% resgataram com prejuízo, 8% foram ressarcidos pela empresa/consultor através de acordo não-judicial, e 6% foram ressarcidos pela empre-sa/consultor através de processo judicial.
As principais ocorrências se deram em esquemas de pirâmide (55%), golpe de seguradora, onde supostamente o investidor receberia uma determinada quantia mediante pagamento de taxas e/ou despesas (19%) e golpe das ações ou fundos antigos de aposentadoria esquecidos, com exigência de pagamento antecipado de supostas taxas e/ou despesas (16%).
“Em todos os casos, três fatores costumam andar juntos: o excesso de confiança, a ganância ou a ingenuidade do investidor, aliada à negligência para checar a veracidade das informações, o que acaba facilitando a ação dos fraudadores”, comenta o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.