Grande parte da população brasileira convive com doenças crônicas como a hipertensão arterial, o diabetes e o colesterol alto. Esses problemas têm aparecido cada vez mais cedo e causado a morte de pacientes cada vez mais jovens. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 50% dos óbitos na faixa etária de 30 a 69 anos estão relacionados às complicações dessas doenças. “Uma parcela importante desses problemas poderia ser evitada com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e a prática de exercícios físicos regulares”, indica a coordenadora do Priori, setor de gerenciamento dos programas de saúde da Paraná Clínicas, Dra. Caroline Patricio Caldeira.
Para promover essa mudança de comportamento desde a infância, a operadora de planos de saúde empresariais desenvolve o Programa Tá na Mesa. Voltado para crianças entre 06 e 12 anos de idade, o serviço tem como objetivo incentivar uma alimentação mais equilibrada e menos industrializada para os pequenos e seus familiares. “O público infantil é um grande propagador de informações e tem o poder de influenciar o comportamento de toda a família, por isso trabalhamos com as crianças hoje, para que elas não façam parte dessas estatísticas de doenças crônicas no futuro”, completa Dra. Caroline.
Composto por encontros mensais entre as crianças, seus pais e a equipe do projeto, que é formada por nutricionista e enfermeira, o Programa Tá na Mesa propõe atividades teóricas e práticas. Ao longo do segundo semestre de 2019, por exemplo, os participantes aprenderam a cultivar hortaliças e depois as colheram, higienizaram e montaram pratos saudáveis com o alimento. “Isso incentiva a criança a experimentar novos sabores e texturas e a entender de onde vem a comida que ingerimos”, completa a nutricionista credenciada da Paraná Clínicas, Dagmarcia David.
Novos propagadores
No sábado, a Paraná Clínicas realizou a formatura da segunda turma do Programa Tá na Mesa. Entre os 15 participantes, estava a pequena Juliana Henriques Machado. Desde que começou a frequentar os encontros, a menina mudou suas preferências alimentares e passou a fiscalizar o comportamento do pai e da mãe.
“Sempre foi difícil porque ela não gostava de provar coisas novas. Hoje ela quer sempre um prato colorido. Quando colocamos apenas uma cor de alimento, ela fala que o prato está pálido”, conta a mãe Alana Henriques Machado. “E agora quando meu marido vai tomar refrigerante, por exemplo, ela já corrige dizendo que não é bom”, completa.
“É esse o efeito que esperamos e o resultado que trabalhamos para construir com o Tá na Mesa. Com o passar do tempo, nos demos conta que essa mudança de comportamento das crianças não teria validade prática sem envolver todo o ciclo familiar”, avalia a gerente médica da rede própria da Paraná Clínicas, Dra. Karina Reinert Grassi.
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