Por que as mãos envelhecem primeiro? Saiba como prevenir e conheça os melhores tratamentos

A mão costuma ser uma das primeiras a alertar sobre o envelhecimento da sua pele, antes mesmo das rugas que aparecem no rosto, como os temidos “pés de galinha” e o “código de barras”. Isso acontece devido a três fatores: genética; interferência externa e cuidados inadequados. “Quando falamos do envelhecimento das mãos, podemos dividir em áreas afetadas. A epiderme, camada mais superficial da pele, sofre ressecamento pela ação externa de agentes como o sol, tempo, poluição e o fato de lavarmos as mãos com frequência excessiva e utilizando produtos que pioram essas alterações. Abaixo dela temos a derme, onde ficam as fibras de colágeno, elastina, glândulas e melanócitos, responsáveis pela fabricação dos pigmentos da pele. A qualidade das fibras se altera com o tempo, tornando a pele menos elástica e mais fina – epor consequência, enrugadas. Por último temos o tecido adiposo, que também se torna mais fino com o tempo. Todas essas alterações resultam em uma aparência mais enrugada e com tendões e veias mais aparentes”, explica a Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã plástica e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Ok, o fator genético sabemos que não podemos mudar. Mas e em relação aos fatores externos e aos cuidados especiais? Segundo o Dr. Abdo Salomão Jr, doutor em dermatologia pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o cuidado mais importante é a proteção solar. “Realçar a importância do fotoprotetor nunca é demais. Ele deve ser utilizado todos os dias, principalmente no dorso das mãos, afinal, ela é uma das regiões mais expostas ao sol. O fator de proteção deve ser de, no mínimo, 30, e a reaplicação deve ser feita a cada duas horas ou sempre que houver contato com água. Outros cuidados são: evitar lavar as mãos várias vezes ao dia; utilizar luvas sem talco para atividades domésticas; hidratar algumas vezes por dia, de preferência com produtos que contenham Vitamina E, Vitamina A, ureia, ácido salicílico e óleo de silicone, no mínimo a 10%, que é para formar uma luva química. O álcool em gel, como antisséptico, também deve ser evitado. Se precisar de uma lavagem mais profunda, dê preferência a uma substância chamada Clorexidina, que é efetivo e não prejudica a pele”, destaca.

A partir de uma certa idade, é claro, nossas mãos, bem cuidadas ou não, mostrarão algumas marcas de idade: manchas de diferentes tipos, rugas finas e aspecto flácido com veias aparentes são sinais típicos de uma pele envelhecida. No entanto, é possível amenizar o quadro de envelhecimento com alguns procedimentos específicos para cada alteração, como explica o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica:

Preenchimento com gordura (Lipoenxertia): “Trata-se de um procedimento pouco invasivo, no qual se retira pequena quantidade de gordura do próprio organismo através da lipoaspiração. Essa gordura é preparada e injetada nas mãos e, além de preencher, promove melhora da qualidade da pele devido a presença de células-tronco. O procedimento pode ser realizado sob anestesia loucal ou sedação, e é um preenchimento definitivo e que pode ser associado a outros tipos de tratamento, como lasers”, explica.

Hidroxiapatita de cálcio: “É um produto industrializado que é injetado nas mãos através de cânulas. Realiza-se em consultório sob anestesia local, promovendo preenchimento e estimulando o colágeno da região. Tem duração de 18 meses.”

Preenchimento com ácido hialurônico: Também é realizado em consultório, sob anestesia local, e feito através de cânulas. “Tem o objetivo de preencher as mãos com aspecto avançado de envelhecimento, e dura entre 12 e 18 meses”, complementa.

Segundo o cirurgião, o acompanhamento médico é necessário para que seja tomada corretamente a decisão de realizar algum dos procedimentos citados. Ainda há opções para o tratamento das manchas, segundo o Dr. Abdo Salomão Jr: “O laser Vektra fracionado é um laser que, quando aplicado nessa região, melhora a textura e principalmente clareia as manchas. Ele melhora tanto o castanho que é o pigmento de melanina ao agir no melanócito impedindo a célula de liberar o pigmento para as células mais superficiais”, explica o dermatologista. O ideal é fazer uma sessão a cada 15 dias, num total de 4 a 6 sessões. “As sessões são rápidas, duram 10 minutos, o tratamento não dói; é possível fazer e o paciente ir trabalhar na mesma hora”, afirma o médico.

Outra opção, segundo o dermatologista, é o Surgical Derm, um plasma endodérmico que penetra na pele através de furinhos microscópicos e que, ao chegar na derme, se espalha e renova a derme de dentro para fora. “Essa tecnologia faz a diferença, pois melhora de uma só vez o pigmento, a hidratação, as elastoses, a flacidez e o volume nas mãos. Em média, são realizadas de uma a três sessões”, finaliza o médico.

FONTES:

*DR. PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico é especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University, com o Dr Bahman Guyuron (em Cleveland – EUA) e em Rinoplastia Estética e Reparadora, pela mesma Universidade, e pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. http://drpaolorubez.com.br/

*DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

*DR. ABDO SALOMÃO JR: Doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo). É sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro da American Academy of Dermatology (AAD), Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia. Professor universitário, Dr. Abdo Salomão Jr. ministra aulas nos principais congressos nacionais da especialidade. Além disso, já deu aulas na Austrália, Itália e Coréia do Sul. É uma referência em conhecimento de lasers e tecnologias para fins dermatológicos e estéticos. Diretor da Clínica Dermatológica Abdo Salomão Junior.

maria.claudia@holdingcomunicacoes.com.br

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