Para proteger a saúde dos brasileiros e garantir o uso racional dos insumos existentes, o Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permita a comercialização e a dispensação de medicamentos que contém cloroquina e hidroxicloroquina somente sob prescrição médica. Em nota publicada nesta sexta-feira (20), a autarquia faz alerta sobre notícias que apontam o uso de medicamentos com esses princípios em sua composição para o tratamento da COVID-19.
De acordo com o CFM, a compra e uso indiscriminado desses medicamentos não é recomendada. “A automedicação pode representar grave risco à saúde e o consumo desnecessário pode acarretar desabastecimento dessas fórmulas, prejudicando pacientes que delas fazem uso contínuo para tratamento de doenças reumáticas e dermatológicas, além de malária”, ressalta o CFM.
CONFIRA ABAIXO A ÍNTEGRA DA NOTA:
Diante de notícias veiculadas sobre uso de medicamentos que contém cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) esclarece que:
1. Até o momento, nenhum tratamento antiviral específico para tratamento de COVID-19 é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ou pelo governo brasileiro;
2. Embora novos tratamentos e vacinas estejam em fase de estudo, até o momento não há estudos conclusivos que comprovem a eficácia e segurança do uso de medicamentos que contém cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19;
3. Portanto, a compra e uso indiscriminado desses medicamentos não é recomendada: a automedicação pode representar grave risco à saúde e o consumo desnecessário pode acarretar desabastecimento dessas fórmulas, prejudicando pacientes que delas fazem uso contínuo para tratamento de doenças reumáticas e dermatológicas, além de malária;
imprensa@portalmedico.org.br