Início Vida e Saúde Estudo científico revela que novo coronavírus pode afetar gravemente o coração

Estudo científico revela que novo coronavírus pode afetar gravemente o coração

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Instituto de Curitiba disponibiliza teleorientação
para pacientes cardiopatas

A COVID-19 ou novo coronavírus ainda é pouco conhecido, mas já se sabe que pode desencadear doenças cardiovasculares, como lesão cardíaca aguda, choque e arritmia. Quem já é portador de doença do coração faz parte do grupo de risco para a infecção, ou seja, é mais suscetível às formas mais graves das manifestações da contaminação pelo novo coronavírus. Estudo publicado na Revista da Sociedade Europeia de Cardiologia alerta para complicações cardíacas da COVID-19 – 40% dos hospitalizados têm doença cardiovascular ou cerebrovascular –, como lesão cardíaca aguda (7,2%), choque (8,7%) e arritmia (16,7%). “O manejo interdisciplinar de casos graves (com prioridade para aqueles com doença cardiovascular pré-existente) e o acompanhamento clínico prolongado são, portanto, essenciais”, diz o estudo Coronavírus e sistema cardiovascular: implicações agudas e em longo prazo, publicado na revista da Sociedade Europeia de Cardiologia (European Society of Cardiology – ESC). Participaram da pesquisa os departamentos de cardiologia da Universidade de Sichuan, na China, e do St Thomas’ Hospital e da Cleveland Clinic London, na Inglaterra.

Para esclarecer as dúvidas e orientar as pessoas cardiopatas, o Incor Kubrusly coloca à disposição da comunidade a Teleorientação Médica. A consulta médica será por vídeo (Whatsapp ou Skype) e terá a duração de 30 minutos. Se forem necessárias guias de exames ou receitas, elas ficaram disponíveis na clínica em até 24 horas depois da consulta. Dependendo da queixa, os médicos poderão solicitar que o paciente vá a um hospital para ser avaliado pessoalmente. Mais informações e agendamentos pelos telefones: (41) 33427474 ou (41) 99971-9450.

“Nossos pacientes precisam de cuidados especiais neste momento, por isso, criamos uma forma de atendimento a distância, de acordo com as diretrizes emergenciais dos conselhos de ética médica”, afirma o diretor do Incor Kubrusly, Dr. Luiz Fernando Kubrusly.

Complicações

De acordo com o estudo, acompanhamento de casos iniciais de COVID-19, em Wuhan, na China, de onde o vírus começou a se espalhar pelo mundo, mostra que podem ocorrer manifestações cardíacas agudas, ou seja, durante ou logo após a infecção pelo novo coronavírus: “Relatos de casos iniciais de COVID-19 sugerem que pacientes com condições subjacentes têm maior risco de complicações ou mortalidade – até 50% dos pacientes hospitalizados têm uma doença médica crônica (40% com doença cardiovascular ou cerebrovascular). No maior estudo de corte clínico da COVID-19 publicado até o momento, lesão cardíaca aguda, choque e arritmia estavam presentes em 7,2%,, 8,7% e 16,7% dos pacientes, respectivamente, com mais prevalência entre os pacientes que necessitaram de terapia intensiva”.

Longo prazo

Naturalmente, ainda não se conhecem as manifestações cardíacas de longo prazo causadas pela COVID-19. Porém, com base em dados, ainda que escassos, sobre outros tipos de infecção respiratória, as prováveis manifestações que virão poderão ser observadas.

Um estudo conduzido entre 25 sobreviventes de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), por exemplo, mostrou sequelas após 12 anos da recuperação clínica. Já em oito pacientes com influenza H7N9 foram observadas, durante a hospitalização, anormalidades cardíacas que voltaram ao normal após um ano de acompanhamento.

Quarentena

No final de 2019, pacientes com pneumonia em diferentes graus de gravidade e origem desconhecida em Wuhan, na China, anunciaram o início da COVID-19. Em 16 de março de 2020, um total de 167.511 casos confirmados (incluindo 6.606 mortes em 152 territórios geográficos) foram relatados à Organização Mundial de Saúde (OMS), e esse número segue aumentando. Embora a COVID-19 pareça ser mais transmissível e matar menos que a SARS e a MERS, muitas incertezas permanecem, incluindo via de infecção, evolução viral, dinâmica epidêmica, tratamento antiviral apropriado e estratégias para o controle da doença. Por isso, é muito importante observar as orientações do Ministério da Saúde, como lavar sempre as mãos com água e sabão e, se puder, não sair de casa. Se até 50% dos pacientes hospitalizados em Wuhan, na China, tinham uma doença médica crônica, isso pode significar que até 50% podiam ser saudáveis e, mesmo assim, tiveram que ser hospitalizados.

Serviço: Mais informações e agendamentos pelos telefones: (41) 33427474 ou (41) 99971-9450.

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