domingo, 23 fevereiro 2025
18.4 C
Curitiba

Economista avalia se vale a pena pequenos negócios acessarem crédito oferecido pelos bancos e governo

Todo o cuidado é pouco neste momento de incertezas econômicas. Recentemente o governo anunciou a liberação de R$ 40 bilhões em empréstimos para folha de pagamento das micro e pequenas empresas. Trata-se de uma linha de crédito, oferecida pelos bancos privados, para pagar dois meses de salário dos funcionários. No Brasil, são mais de 6,5 milhões de MPEs e 9,7 milhões de microempreendedores individuais brasileiros terão um auxílio financeiro para tentar manter seus negócios.

Nesta semana, a Caixa Econômica Federal e o Sebrae anunciaram uma parceria com objetivo de também facilitar o acesso ao crédito dos pequenos negócios. A expectativa é injetar R$ 7,5 bilhões em linhas de crédito facilitado para o setor, a taxas mais competitivas: até 40% menores que as praticadas no mercado. A liberação está prevista a partir de quarta-feira (22).

Mas o que os empresários de pequenos negócios no país se perguntam é: vale a pena criar um endividamento neste momento? O especialista em consultoria econômico-financeira de empresas e professor do curso de Ciências Econômicas da EAD Unicesumar Sidinei Silvério, dá algumas dicas que podem orientar os empresários neste momento de incertezas:

Avalie os riscos – Se a sobrevivência do negócio depender de empréstimos ou aportes, as condições são muito favoráveis, comparado com linhas de crédito em tempos de normalidade. Sobre a linha de crédito para folha de pagamento, por exemplo, o prazo de amortização é de 30 meses, com carência de 6 (seis) meses e a taxa anual é 3,75% ao ano (definida pelo Banco Central), ou seja, 0,31% ao mês.

Resolva os problemas – Se a empresa já estava em dificuldades financeiras, o ideal é aumentar o passivo apenas se o novo endividamento resolver em definitivo os problemas de fluxo de caixa da empresa, sem comprometer a sobrevivência do negócio. Do contrário, o empresário estará tão somente alimentando um “monstro” que o destruirá a qualquer momento.

Pause investimentos – Embora seja necessário se reinventar, como os deliveries, não é o momento de apostar em um financiamento para investir em tecnologia. Dada as incertezas do momento, a prudência financeira orienta a não realizar novos investimentos no setor produtivo até que a pandemia esteja superada.

Preserve o capital de giro – Neste momento será mais fácil economizar R$ 5 do que ganhar R$ 1 ou R$ 2 milhões.  Superada a recessão, muitas empresas já estavam endividadas ou superando a crise. Nesse sentido, caso não haja preservação desse caixa, elas não sobreviverão a uma crise que abale as receitas por mais que dois ou três meses.

Renegocie dívidas – O momento é de renegociar tudo que puder para tentar conter despesas, como contratos de locação, com fornecedores e despesas bancárias. É fundamental que seja feita uma previsão das despesas para o período e evitar criar gastos que não sejam imprescindíveis para a continuidade do negócio, pensando já no período pós crise.

Conte com auxílio de especialistas – Se existem dúvidas sobre o melhor a ser feito, o ideal é recorrer a especialistas para analisar o que pode ser feito em cada área: “Bons advogados e contadores podem auxiliar nas melhores alternativas para questões trabalhistas e tributárias”. andressa@nqm.com.br

Destaque da Semana

“Histórias: Show do Século” anuncia data em Curitiba com grandes nomes do sertanejo

Festival acontece no dia 1º de novembro na Ligga...

Quais são os erros mais comuns no marketing no Instagram e como evitá-los?

O Instagram é uma das plataformas mais poderosas para...

Beer & Beef, edição St. Patrick´s Day, acontece de 20 a 23 de março no Catuaí

Evento reúne o melhor da gastronomia local, com chope...

Com impacto emocional, alopecia areata ganha novas opções de tratamento

Sociedade Brasileira de Dermatologia divulgou recomendações atualizadas para aprimorar...

Artigos Relacionados

Destaque do Editor

Popular Categories

Mais artigos do autor