Início Vida e Saúde Andar descalço durante quarentena pode favorecer o espessamento da pele dos pés

Andar descalço durante quarentena pode favorecer o espessamento da pele dos pés

Atrito e sujidades presentes no chão podem retirar a umidade natural da pele dos pés, tornando-a ressecada, áspera e grossa. Dermatologistas dão dicas para prevenir o problema.

Andar descalço durante quarentena pode favorecer o espessamento da pele dos pés

Como estamos passando mais tempo em casa devido à pandemia do Coronavírus e o isolamento social, grande parte das pessoas, mesmo as aficionadas por sapatos, estão deixando os calçados guardados no armário. E os pés agradecem por esse respiro. Porém, de nada adianta trocar os longos períodos vestindo sapatos por passar muito tempo descalço, já que andar descalço também pode prejudicar a saúde dos pés. “Quando em contato direto com o chão, os pés sofrem muito com o atrito, pois absorvem todo o impacto do caminhar. Além disso, a pele dos pés fica exposta a sujidades, que fazem com que a umidade natural da região seja perdida. O resultado é o surgimento de pele ressecada, áspera e grossa”, explica a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Como se não bastasse, alguns fatores ainda podem agravar esse problema, como o clima frio, os banhos quentes e demorados e o baixo consumo de água, pois favorecem a desidratação da pele da região. “O excesso de peso é outro fator menos comentado que também causa o espessamento da pele dos pés. Isso porque quanto maior o peso, maior a pressão sobre os pontos de apoio. Logo, a pele dos pés, na tentativa de se proteger e prevenir bolhas e lesões, passa a se proliferar mais, tornando-se grossa e áspera”, destaca a dermatologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Por isso, é fundamental que durante esse tempo em casa você evite passar longos períodos descalço para não prejudicar a saúde e a boa aparência da pele dos pés. “É importante que, em casa, você opte pelo uso de calçados confortáveis, como chinelos e meias, que vão ajudar a proteger contra a contaminação dos pés pelo chão sujo, além de reduzir o atrito e o risco de ferimentos nos pés descalços”, aconselha a Dra. Kédima. “Com a chegada do inverno, vale a pena também apostar no uso das meias. Porém, é melhor deixá-las de lado nos dias mais quentes para evitar o suor e a umidade excessiva na região”, completa a Dra. Paola.

Para quem já sofre com a pele espessa dos péso ideal é hidratar os pés diariamente, de preferência no período da noite após o banho. “Comece esfoliando os pés para retirar o excesso de proteína morta. Em seguida, faça uma hidratação para evitar o efeito rebote, com consequente aumento da aspereza da pele. Para isso, utilize produtos formulados com ativos como lanolina, vaselina, manteiga de karité, vitamina E, vitamina B5, ureia e nutriômega 3, 6, 7 e 9”, recomenda a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Uma boa dica para potencializar o poder do hidratante é apostar na oclusão da pele dos pés com plástico filme por 20 minutos após o uso do hidratante, retirando o plástico em seguida e massageando os pés para ajudar a absorver o creme”, afirma a Dra. Paola.

Mas é importante ressaltar que de forma alguma você deve utilizar a lixa para dar fim à pele espessa dos pés. “O uso da lixa pode provocar um efeito rebote na pele. Isso ocorre quando a pele passa a produzir mais queratina para se proteger e compensar a agressão sofrida, tornando-se ainda mais espessa e grossa. Além disso, a lixa, por retirar o estrato córneo, diminui a capacidade de autoproteção do tecido cutâneo, favorecendo a entrada de fungos e bactérias e aumentando a sensibilidade da peleo que pode resultar no surgimento de dermatites”, alerta a Dra. Claudia. Por isso, caso a pele dos seus pés esteja demasiadamente grossa e cremes e esfoliantes caseiros não sejam o suficiente para tratá-la, o ideal é que você consulte o dermatologista, que poderá realizar uma avaliação e indicar a melhor solução para o seu caso.

FONTES:

*DRA. CLAUDIA MARÇAL: Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). É speaker Internacional da Lumenis, maior fabricante de equipamentos médicos a laser do mundo; e palestrante da Dermatologic Aesthetic Surgery International League (DASIL). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP.

*DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. http://www.drapaola.me/

*DRA. KÉDIMA NASSIF: Dermatologista e Tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Residência Médica em Dermatologia também pela UFMG; realizou complementação em Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal, transplante capilar pela FMABC e em Cosmiatria e Laser pela FMABC. Além disso, atuou como voluntária no ensino de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. www.kedimanassif.com.br

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