A pandemia do coronavírus e a necessidade da suspensão das aulas presenciais em toda a rede de educação, ocasionaram fortes impactos junto aos profissionais da área, especialmente na rede privada. Desde o início da crise da saúde, o Sinpro – Sindicato dos profissionais das escolas particulares de Londrina e norte do Paraná – está realizando assembleias junto a escolas e universidades, representando a categoria na negociação da redução de jornada de trabalho e cortes de salários.
Até o momento foram concluídos perto de 50 acordos entre escolas e faculdades, graças à intermediação do Sinpro Londrina. Em praticamente metade dos acordos, o sindicato conseguiu fechar o pagamento da ajuda compensatória, que é a diferença de valor entre o salário líquido do funcionário e o benefício emergencial pago pelo governo federal.
“Em uma escola em especial, nós apresentamos contraproposta solicitando o pagamento do 13º salário para os dois meses de suspensão, que os meses de suspensão fossem contabilizados no período aquisitivo de férias e o pagamento de INSS e FGTS (disponibilizado direto para os trabalhadores) desses meses de suspensão, além do pagamento da diferença salarial (ajuda compensatória). E a escola aceitou. São conquistas caso a caso, mas que estão trazendo benefícios e proteção para nossa categoria”, explica o presidente do sindicato, André Cunha.
CEI de Arapongas
Os professores do Centro de Educação Infantil Calegari, de Arapongas, também puderam contar com auxílio do Sinpro durante o período de pandemia. Com a paralisação das aulas, a creche suspendeu o contrato com os três professores e o Sinpro conseguiu negociar o pagamento da diferença entre o salário atual e o valor que seria pago pelo poder público.
“A interferência do Sinpro foi muito boa, especialmente neste período tão complicado que estamos vivendo. Toda ajuda é bem-vinda, e a atuação do Sinpro foi muito importante”, conta a professora da creche, Cláudia Corrêa.