Incidência de furto dá um salto de mais de 10 pontos percentuais e sexta e sábado deixam de ser dias mais perigosos
O Grupo Tracker, maior empresa de rastreamento e localização de veículos do Brasil, que vem fazendo levantamentos quinzenais sobre a incidência de roubo e furto de automóveis, caminhões e motocicletas durante a quarentena da Covid-19, constatou uma mudança de comportamento dos bandidos, na pandemia. Comparando o modus operandi dos criminosos entre os dias 15 de março e 10 de maio de 2020 com o mesmo período do ano passado, a companhia apurou um aumento de 18% nos furtos, com queda nas abordagens a mão armada. Nestas oito semanas, 58,47% das ocorrências foram roubos e 41,53% furto. No mesmo período de 2019, foram 68,84% de roubos e 31,16% de furtos. “Como o roubo é um delito de oportunidade, quanto menos exposição de veículos nas ruas, menores as oportunidades de praticar essa modalidade. Por isso, os bandidos acabam optando pelo furto, um delito com uma pena mais branda”, analisa o coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, Vitor Correa.
Mudança também na preferência do dia da semana para agir. Entre 15 de março e 10 de maio de 2019, de cada 10 eventos, três eram na sexta-feira. Durante a quarentena esse índice caiu para 13,12%. Sábado que registrou 17,07% dos eventos em 2019, durante a quarentena representa 9,04%. “Não percebemos uma variação significativa nos horários das ocorrências. Durante a pandemia 16% delas são entre 7h e 9h da manhã, 43% entre 10h e 16h, 12% entre 17h e 19h e os outros 29% são entre 20h e 6h da manhã. Nas outras semanas correspondentes de 2019 foram registrados 13% dos roubos e furtos entre 7h e 9h da manhã, 37% entre 10h e 16h, 14% entre 17h e 19h e os 36% restantes entre 20h e 6h da manhã”, conta Correa.
Roubo e furto caíram na última quinzena
O Grupo Tracker manteve o comparativo de roubo e furto de veículo durante a quarentena, comparando quinzenas, e constatou uma ligeira queda de 2,2% nas ocorrências – considerando todas as categorias: leves, pesados e motocicletas – entre 26 de abril e 09 de maio, contra as duas semanas anteriores, de 12 a 25 de abril.
Pela primeira vez em seis semanas, o número de caminhões roubados e furtados caiu 2,9%, em todo o país. Também tiveram queda os eventos com carros/pick-ups/SUVs (0,8%) e com motocicletas (35,7%).
No Estado de São Paulo, a queda global (todos os segmentos) foi de 1,71%. Caminhões registraram redução de 4,2% e motos de 46,2%. Mas o segmento carros/pick-up/SUV registrou aumento de ocorrências de 7,7%.
Já o Estado do Rio de Janeiro registrou alta no índice de roubo e furto pela segunda quinzena consecutiva. A alta global foi de 25,93%. O segmento caminhões permaneceu estável e motos registraram crescimento de 100% nas ocorrências.
12/04 a 25/04 x 26/04 a 09/05 | |||
Segmento | Nacional | SP | RJ |
todos | -2,20% | -1,71% | 25,93% |
caminhão | -2,90% | -4,20% | 0,00% |
carros / pick-up / SUV | -0,80% | 7,70% | 3,80% |
motos | -35,70% | -46,20% | 100,00% |
29/03 a 11/04 x 12/04 a 25/04 | |||
Segmento | Nacional | SP | RJ |
todos | 12,35% | 11,43% | 12,50% |
caminhão | 25,00% | 14,30% | 0,00% |
carros / pick-up / SUV | 12,90% | 13,00% | 23,80% |
motos | -17,60% | -7,10% | -66,70% |
Sobre o Grupo Tracker
Atualmente, é a maior empresa de rastreamento do Brasil e possui a maior rede privada de antenas de radiofrequência da América Latina. Em 19 anos de atividade no país, já realizou mais de 51 mil recuperações, evitando um prejuízo de cerca de R$ 4,5 bilhões.
Oferece produtos para os mercados Segurador, Transporte e Logística, Construção Civil e Agrícola, além de veículos de passeio. A tecnologia utilizada nos rastreadores do Grupo Tracker é a RF, considerada a melhor solução para roubo e furto e é imune à ação de inibidores de sinais – jammers. Também comercializa produtos baseados no GPS/GPRS e LBS, indicados para monitoramento e gestão de frotas.
A empresa é a fornecedora oficial de rastreadores para a BMW e para a Triumph e tem parceria com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), com quem divulga regularmente o Boletim Econômico Tracker-FECAP, com análises dos prejuízos que o roubo e furto de veículos trazem ao país.