Psoríase no couro cabeludo: saiba como diferenciar da caspa e conheça tratamentos

Doença autoimune pode aparecer em diversas áreas do corpo. Quando atinge o couro cabeludo pode se assemelhar à caspa, mas causa danos mais graves.

Psoríase no couro cabeludo: saiba como diferenciar da caspa e conheça tratamentosSe você sentir sua cabeça coçar, fique alerta. Muitas vezes confundida com a caspa, o problema pode ser a psoríase. “A psoríase é uma doença muito comum, que geralmente se apresenta com placas vermelhas que provocam descamação, mais comumente nos joelhos e cotovelos, mas pode aparecer também em outras regiões, inclusive no couro cabeludo”, afirma a Dra. Kédima Nassif, dermatologista e tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Por se tratar de uma doença crônica, o principal fator que a causa é a predisposição genética. Ela pode ser agravada por stress, baixa imunidade e pelo clima frio, já que o sol causa um efeito anti-inflamatório nas lesões. A Dra. Kédima explica como identificar os sintomas: “Na psoríase, as placas costumam ser maiores e mais grossas do que na caspa, com escamas muito mais aparentes e esbranquiçadas, mas no início elas podem se apresentar de forma semelhante. Essas placas tendem a ser espessas e podem sangrar, gerando dor, queimação, ardência e coceira”, explica.

O tratamento para psoríase no couro cabeludo pode variar de uma pessoa para a outra, dependendo da gravidade do quadro e da intensidade dos sintomas. “Os shampoos para psoríase no couro cabeludo devem ser recomendados por um profissional especializado, assim como a quantidade a utilizar e o tempo de tratamento. Os mais indicados podem conter propionato de clobetasol. vitamina D, alcatrão, ácido salicílico e imunossupressores, como o tacrolimo”, diz a dermatologista. Além disso, alguns medicamentos podem ser indicados pelo médico, geralmente corticoides para diminuir a coceira e a inflamação, ajudando a diminuir as lesões no couro cabeludo. Outros medicamentos usados em estágios mais avançados, segundo a médica, são metotrexato e retinoides orais.

Apesar de não ter cura, alguns cuidados podem ser tomados para diminuir a chance de incidência. “Ao tomar banho, certifique-se de lavar a cabeça com um shampoo indicado pelo seu dermatologista; além disso, prefira banhos frios ou mornos. Evite acessórios que abafem a região do couro cabeludocomo chapéus, bonés e gorros e mantenha hábitos de vida saudáveis para evitar baixa imunidade e alto índice de estresse”, finaliza a Dra. Kédima Nassif.

FONTE: DRA. KÉDIMA NASSIF, dermatologista e Tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Residência Médica em Dermatologia também pela UFMG; realizou complementação em Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal, transplante capilar pela FMABC e em Cosmiatria e Laser pela FMABC. Além disso, atuou como voluntária no ensino de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. www.kedimanassif.com.br

guilherme.zanette@holdingcomunicacoes.com.br

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