Estudo de março publicado no Journal of the American Society of Plastic Surgeons destaca que os procedimentos injetáveis com ácido hialurônico trazem bons resultados para mudar a estética do nariz. No entanto, resultado não é definitivo
A rinoplastia é uma das principais cirurgias estéticas realizadas no Brasil, mas definitivamente o inchaço que surge no pós-procedimento não é algo fácil de lidar – e também acaba ‘atrasando’ o resultado final, que surge geralmente após 6 meses ou um ano. E é por isso que o procedimento de rinomodelação, com aplicação de ácido hialurônico no nariz, tem feito tanto sucesso. Um novo estudo, publicado em março no Journal of the American Society of Plastic Surgeons, destaca que 96% dos pacientes que se submeteram a esse procedimento estão satisfeitos com os resultados iniciais. “A análise foi feita com 5.000 casos de pacientes que realizaram o procedimento da rinoplastia não cirúrgica, com aplicação injetável do ácido hialurônico. Além disso, o estudo destaca que a estratégia também é segura, com complicações ocorrendo em menos de 1% dos pacientes. No entanto, devemos enfatizar que esse não é um procedimento definitivo: o ácido hialurônico é reabsorvido pelo organismo em até um ano e meio”, afirma o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
O estudo demonstra alta eficácia e segurança, e taxas de complicações relativamente baixas nas mãos de um clínico experiente, segundo o médico. Na análise, as mulheres representavam mais de 4.700 dos casos, com idade média de 27 anos. “A indicação mais comum para o procedimento foi a presença de um calombo dorsal (44% dos pacientes), seguido de uma correção de uma cirurgia prévia (20%), ponta nasal caída (15%), falta de definição (9%), assimetria frontal (7%) e ponta bulbosa (6%)”, diz o médico.
De acordo com o médico, o nariz do paciente deve ser avaliado primeiro em três pontos: raiz, dorso e ponta. “A anestesia tópica é frequentemente usada com preenchimentos dérmicos, embora possam provocar irritação da pele e leve inchaço em cerca de 10% dos pacientes. A maioria das marcas de ácido hialurônico no mercado hoje já contém lidocaína (anestésico)”, diz o Dr. Mário.
Em média, a modelação com ácido hialurônico durou de 6 a 12 meses e cerca de um terço dos pacientes retornou após 12 meses em busca de reaplicação. “Outra opção é a lipoenxertia no nariz, que usa gordura do próprio paciente e que pode manter o resultado pelo resto da vida”, explica o médico. “O importante é consultar um cirurgião plástico devidamente apto, que fará a indicação precisa do melhor procedimento para cada caso, além de acompanhar o paciente em todo o processo”, finaliza o médico.
DR. MÁRIO FARINAZZO: Cirurgião plástico, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Formado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o médico é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Professor de Trauma da Face e Rinoplastia da UNIFESP e Cirurgião Instrutor do Dallas Rinoplasthy™ e Dallas Cosmetic Surgery and Medicine™ Annual Meetings. Opera nos Hospitais Sírio, Einstein, São Luiz, Oswaldo Cruz, entre outros. www.mariofarinazzo.com.br
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