Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, 28 de maio busca a conscientização sobre problemas de saúde comuns na população feminina. Endometriose, câncer de mama, câncer do colo do útero, fibromialgia, infecção urinária, depressão e obesidade estão entre as principais doenças que afetam esse público, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Isso porque, diariamente, milhares de mulheres são afetadas por alguma doença ou distúrbio, o que pode estar ligado ao estresse e à sobrecarga de funções, além de fatores genéticos e estilo de vida.
Entre as neoplasias, o câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o de pele não melanoma, e corresponde a 28% dos casos novos de câncer, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são previstos 66.280 novos casos de câncer de mama e 16.590 novos casos de câncer no colo do útero para 2020.
No caso de depressão, as mulheres têm o dobro de chances de apresentar o diagnóstico (ou desenvolver a doença) em relação aos homens, isso devido à maior exposição às oscilações hormonais, como ocorre na gravidez, menopausa e no período menstrual. Além disso, inúmeros outros fatores podem contribuir para o aumento dos casos de depressão e ansiedade entre a população feminina, como a desigualdade social, a jornada dupla, e o assédio moral e sexual.
A atenção e cuidados com a saúde da mulher são de grande importância, e para isso, desde 2004, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), que consolidou o conceito de que este cuidado não está ligado apenas a questão reprodutiva, mas sim a diversos aspectos socioculturais que afetam milhões de mulheres.
Ainda de acordo com os princípios e diretrizes da PNAISM, os hábitos de vida não saudáveis e o estresse contribuem para que as doenças crônico-degenerativas estejam entre as principais causas de morte na população feminina.
Por isso, dia 28 de maio se torna um dia tão importante. Ainda existem muitas mulheres marginalizadas devido a todo o contexto no qual nossa sociedade foi construída, e precisamos lutar pela saúde física, mental e emocional de todas. Elas têm esse direito!
*Dra. Karen Ortiz, ginecologista do Trasmontano Saúde
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