ACP manifesta preocupação com ônibus lotados

A Associação Comercial do Paraná faz um apelo às empresas de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana para que sejam respeitadas as normas das autoridades municipais e estaduais para que não haja lotação dos veículos nos horários de pico. Neste momento em que o Paraná apresenta números bem abaixo da maior parte dos estados brasileiros de infecções da Covid-19, os ônibus lotados podem se tornar vetores de difusão do vírus para a população.

A ACP apoia a ação do Ministério Público do Paraná, que no último dia 28/05 fez uma recomendação administrativa à Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) para que sejam adotadas medidas visando  garantir a mobilidade das pessoas de forma segura e de modo a evitar a propagação do coronavírus.

A exemplo do Ministério Público, a ACP demonstra sua preocupação com a lotação dos ônibus, não só da Região Metropolitana, mas também os administrados pela Urbs, que circulam em Curitiba. Mesmo quando o comércio esteve de portas fechadas, não podendo servir como culpado pelo excesso de passageiros, observou-se a circulação de ônibus lotados nos horários de pico.

ACP sugere que as empresas repassem os valores do vale transporte de seus funcionários em dinheiro no período da pandemia, para que eles possam utilizar aplicativos de transporte, caronas coletivas ou o próprio veículo para ir e vir do trabalho.

“Temos muita preocupação com os ônibus lotados. Já tínhamos enviado correspondência ao Ministério Público no dia 16 de abril passado, pedindo a interferência do órgão na circulação dos ônibus no respeito às normais de distanciamento social e restrição no número de passageiros”, comentou o presidente da ACP, Camilo Turmina.  Vale lembrar que em Florianópolis, a capital de Santa Catarina, o comércio de rua e os shopping centers reabriram há cerca de um mês, mas a circulação dos ônibus ainda está restrita e lá não se registra nenhuma morte pela Covid-19 há mais de três semanas. “Queremos conciliar os cuidados com a saúde e o funcionamento responsável do comércio e para isto é preciso contar com a colaboração das empresas de ônibus também”, explica o presidente da ACP.

Para evitar o excesso de passageiros nos horários de pico, o comércio de rua está orientado a funcionar das 10h às 17h, enquanto os shopping centers funcionam das 12h às 20h.

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