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Inverno aumenta em cerca de 30% o risco de infarto

Os cuidados com a saúde cardíaca devem ser redobrados neste período do ano

No próximo sábado, 20 de junho, inicia o inverno. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, órgão ligado ao Ministério da Saúde, os casos de infarto costumam aumentar em 30% neste período. Somado a isso, por causa da pandemia do novo coronavírus, a busca por atendimento médico diminuiu cerca de 70%, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, contribuindo para o risco de fatalidades.

“Percebemos que muitos pacientes têm demorado em procurar ajuda médica, chegando a nós em um estágio mais avançado da doença e muitas vezes, mais complicações” alerta o cardiologista Dr. Gustavo Lenci Marques.

O aumento do risco de casos de infarto em épocas de temperaturas mais baixas está associado à combinação de fatores como queda ou interrupção da prática de exercícios físicos, aumento de consumo de alimentos mais gordurosos e com mais sódio e outras alterações do organismo, como aumento na pressão arterial, explica o cardiologista. “Um estudo canadense mostrou que a cada 10 graus que cai a temperatura, aumenta 7% o número de infartos. A causa está desde a adaptação do corpo ao frio até essas mudanças de hábitos das pessoas.”

Ele ainda lembra que os cuidados devem ser maiores quando a pessoa tem hipertensão arterial, diabetes colesterol alto, obesidade ou outros fatores de risco que contribuem para o surgimento de doenças cardíacas.

Prevenção de doenças cardíacas

Mas, não é preciso ter medo do inverno. Basta seguir os cuidados necessários para evitar complicações. O acompanhamento médico é fundamental, mesmo durante a pandemia, principalmente, para quem já tem doenças cardíacas e histórico familiar desses problemas. “E caso o paciente tenha sintomas como falta de ar e dor no peito, ele precisa procurar uma emergência médica imediatamente”, alerta Dr. Gustavo Lenci Marques.

A prática de exercícios físicos não deve ser interrompida e pode ser feita em qualquer horário do dia, de acordo com a rotina do paciente. “Não existe um horário melhor para realizar atividades físicas, o importante é a regularidade”, orienta.

Muitos cardiopatas têm medo que um esforço excessivo possa desencadear um infarto, mas, o cardiologista explica que não é necessário ter essa preocupação. “O exercício físico em si não é um risco significativo, o que é preciso é manter os exames e acompanhamentos de rotina”, observa. Ele ainda enfatiza que para quem deseja começar agora a realizar exercícios físicos, deve fazer uma avaliação com cardiologista previamente.

Outra atitude essencial para prevenir problemas cardíacos é manter uma alimentação saudável, com bastante ingestão de frutas e verduras, carnes magras, fibras e cereais, especialmente, evitando alimentos industrializados, gordurosos e excesso de sal. “Procurar atividades para relaxar também é importante, pois o estresse emocional pode elevar a pressão arterial”, complementa Dr. Gustavo Lenci Marques.

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