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6 problemas que devem ser discutidos com seu ginecologista

Apesar do tabu envolvendo alterações íntimas, conversa franca com o médico especializado é fundamental para prevenção de problemas que podem colocar sua saúde em risco.

6 problemas que devem ser discutidos com seu ginecologista

Quando o assunto é saúde íntima, sexual e reprodutiva pode ser difícil definir o que é normal e o que é sinal de uma provável condição de saúde, afinal, o tema ainda é um grande tabu que pode causar desconforto para muitos na hora de abordá-lo. Porém, em caso de dúvidas ou ao notar o surgimento de alterações suspeitas na região intima, é sempre importante conversar com um ginecologistaque é o médico especializado no diagnóstico e tratamento de questões relacionadas a saúde feminina. Então, para ajudar aqueles que ainda têm dúvidas sobre o que é ou não normal quando se trata da boa saúde do órgão genital e reprodutivo das mulheres, a ginecologista Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), apontou seis problemas que podem ser preocupantes e devem sempre ser discutidos com seu médico. Confira:

Menstruação dolorosa: No geral, o ciclo menstrual é um grande incômodo para as mulheres, afinal, é marcado pela presença de dores de cabeça, cólicas, dores no seio e câimbras. Porém, esses sintomas são perfeitamente normais, sendo muito comuns em grande parte do público feminino durante esse período do mês. “Mas é importante ficar atento a sinais de que algo está errado, principalmente a dores que pioram com o passar do tempo próximas ao reto, pélvis ou vagina, que pode ser sintoma de condições graves, como endometriose ou mioma uterino. Nesses casos, é sempre importante contatar o ginecologista, pois essas doenças devem ser gerenciadas através de tratamentos específicos”, afirma a especialista.

Odor vaginal: A vagina possui um odor característico natural. Porém, devemos prestar atenção caso o cheiro torne-se ruim ou diferente do normal por um longo período de tempo. “Crescimento bacteriano e infecções vaginas estão entre os principais problemas que podem alterar o odor normal da vagina e apenas o ginecologista é capaz de tratá-los, então não se sinta desconfortável em conversar com seu médico sobre o assunto”, aconselha a Dra. Ana.

Erupções cutâneas: O surgimento de pequenos inchaços próximo a vagina ou ao redor dos pequenos e grandes lábios pode parecer preocupante. A boa notícia é que, na maioria das vezes, essas alterações são benignas, sendo geralmente espinhas, pelos encravados ou pequenos cortes causados durante a depilação. O problema é que essas alterações podem ser facilmente confundidas com condições mais sérias. “Doenças como herpes e verrugas genitais também podem ser a causa dessas erupções que surgem na região íntima. Então, ao notá-las, o recomendado é sempre falar com seu médico o quanto antes, principalmente porque as lesões de herpes cicatrizam entre uma e duas semanas, devendo ser observadas enquanto o surto ainda está acontecendo para que o tratamento seja administrado corretamente”, afirma a ginecologista.

Desconforto sexual: Falar sobre sexo, mesmo com o médico ginecologista, pode ser desconfortável, mas é sempre importante avisá-lo caso você sinta incômodos como dor ou sangramento durante a prática sexual, pois apenas ele poderá realizar um diagnóstico e tratar suas reclamações. “Uma das principais causas do desconforto sexual é o ressecamento do canal vaginal, que pode ocorrer por fatores como envelhecimento, uso de anticoncepcionais, alterações hormonais e menopausa. Mas o ginecologista pode ajudar a tratar o problema através da indicação do uso de lubrificantes, prescrição de suplementos hormonais ou alteração na dosagem ou tipo do medicamento contraceptivo”, completa a médica.

Incontinência urinária: A perda urinária sem desejo consciente da mulher pode provocar grande desconforto físico, social e psicológico, principalmente pelo fato de ser uma situação imprevisível, podendo ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar. Por isso, é muito importante alertar o seu médico sobre o problema para que ele possa determinar protocolos de tratamento específicos para a condição, que pode ser causada por fatores como menopausa, excesso de exercícios físicos, envelhecimento e partos normais prévios. “Existem uma série de opções terapêuticas eficazes para o problema, incluindo fortalecimento muscular, fisioterapia pélvica, eletroestimulação, uso de hormônios tópicos vaginais, turgência local e até mesmo a realização de cirurgias em casos mais graves”, destaca a especialista.

Baixa libido: Apesar de baixa libido ser um problema mais comum do que grande parte das mulheres imagina, é importante conversar com seu ginecologista para descobrir a causa. “Entre as causas da diminuição do apetite sexual estão o uso de certas medicações e a presença de doenças como depressão. Nesses casos, o médico poderá determinar quais as intervenções terapêuticas necessárias. Mas o ginecologista também é capaz de ajudar quando a baixa da libido é causada por fatores externos como estresse, oferecendo recomendações para aumentar naturalmente o desejo sexual”, finaliza a Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira

Fonte: DRA. ANA CAROLINA LÚCIO PEREIRA: Ginecologista, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), especialista em Ginecologia Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira e graduada em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro em 2005. Especialista em Medicina do Tráfego pela Abramet, a médica realiza consultas ginecológicas, obstétricas e cirurgias, atuando na prevenção e tratamento de doenças gineco-obstétricas com foco em gestação de alto risco.

maria.claudia@holdingcomunicacoes.com.br

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