Especialista do Frischmann Aisengart explica que teste de sorologia avalia os anticorpos que combatem a doença, enquanto o RT-PCR identifica a presença ou não do vírus
O Paraná apresenta 26 mil casos da COVID-19 e mais de 800 óbitos, sendo que a capital, Curitiba, demonstrou aumento significativo após reabertura do comércio, com mais de 3 mil casos da doença e quase 150 óbitos, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. De contágio rápido, a COVID-19 tem dois tipos de exames laboratoriais, a Sorologia e o RT-PCR, ambos disponíveis no Frischmann Aisengart, laboratório referência que integra a Dasa, líder brasileira em medicina diagnóstica.
O RT-PCR é um teste de biologia molecular que detecta a presenta do vírus (RNA SARS-CoV-2) por meio de uma amostra obtida por uma espécie de cotonete, que coleta secreção da mucosa nasofaringe (nariz e garganta). O teste é indolor, porém pode gerar algum incômodo. “O exame identifica se o vírus está presente no organismo. Um PCR não detectado significa que o paciente não tem vírus no momento, ou seja, não está com a doença ou propagando o vírus. Em caso de teste positivo, o paciente está com a doença e ainda a está transmitindo”, explica Myrna Campagnoli, diretora médica do Laboratório Frischmann Aisengart.
Já a sorologia é um teste imunológico realizado por meio do sangue venoso do paciente que avaliar se os anticorpos (IgG + IgM) foram produzidos indicando, portanto, se a pessoa já teve contato com o vírus. O Frischmann recomenda realizar o teste a partir do 10º dia após o início dos sintomas, com maior sensibilidade após o 14 dia, , em pacientes sintomáticos, ou da suspeita de infecção, em pacientes que não apresentem os sintomas da COVID-19. “Como a produção de anticorpos só ocorre depois de um período mínimo após exposição ao vírus, respeitar esse prazo pode garantir resultados assertivos e fazer o exame fora desse período pode resultar em um falso negativo, que é quando se tem a presenca dos anticorpos, mas o resultado do exame aponta que não”, afirma Myrna. Para pacientes sem anticorpos detectáveis e, portanto, negativos, o médico pode solicitar nova coleta de Sorologia após 7 a 14 dias ou, se for um caso em que os sintomas se iniciaram há menos de 12 dias, um RT-PCR. Alguns pacientes com sintomas leves ou assintomáticos também podem não apresentar anticorpos detectáveis, por isso pode existir resultado negativo de sorologia em pessoas que tiveram a COVID-19.
Entenda a diferença entre IgG e IgM
Os anticorpos são produzidos para combater organismos invasores, como os vírus, que ao penetrarem em nosso corpo se multiplicam, dando início à infecção. Em geral, os anticorpos IgM são produzidos primeiro, na fase aguda da doença. No caso da COVID-19, a produção inicia-se entre do 5º ao 7º dia de contágio, tendo detecção mais confiável a partir do 10º dia. Entretanto, alguns estudos tem sugerido um comportamento atípico dos anticorpos na COVID, algumas vezes com o aparecimento tardio da IGM as vezes concomitantemente à IGG.
Já os anticorpos IgG são produzidos tardiamente pelo organismo, normalmente detectáveis a partir do 14º dia após o contágio e podem permanecer no organismo por meses ou anos.
E, mais recentemente, o Frischmann incorporou uma nova metodologia do exame de sorologia, ampliando as possibilidades de análise do perfil epidemiológico da COVID-19. Realizado também por meio da coleta de sangue venoso, a Sorologia de Anticorpos Totais avalia a presença de qualquer um dos anticorpos de combate à doença, indicando que já houve o contágio.“ Antes de oferecer qualquer exame diagnóstico às pessoas, a Dasa realiza um extenso processo de validação técnica feita por corpo clínico especializado para verificar a capacidade do teste de identificação de infectados e não infectados. A dinâmica de aparecimento de IgG e IgM na COVID-19 tem gerado muitas dúvidas. Com essa nova metodologia, nosso corpo clínico encontrou uma forma de disponibilizar um teste e com alta acurácia e precisão, mas com interpretação mais fácil”, pondera.
barbara.conti@bowler.com.br