Verão exige cuidados com alimentação, atividades físicas, hidratação e exposição ao sol

Verão exige cuidados com alimentação, atividades físicas, hidratação e exposição ao sol
Especialistas em nutrição e educação física dão dicas para quem curte o calor manter a saúde em dia

A pandemia adiou planos de viagens, alterou roteiros de férias e vai exigir cuidados redobrados neste fim de ano, mas há algo que o novo Coronavírus não terá como mudar: a temporada de verão e a expectativa das famílias em aproveitar os dias de sol ao ar livre.

Além das medidas habituais para evitar a Covid-19 (distanciamento social, uso de máscaras, de álcool em gel e o cumprimento de decretos com regras restritivas que podem variar de acordo com cada município), a chegada do calor requer outros cuidados com a saúde. Durante os dias de calor intenso é importante ficar atento à alimentação, hidratação, exposição ao sol e prática de atividades físicas.

Mestre em alimentação e nutrição, a coordenadora dos cursos de Saúde do UNICURITIBA, professora Maria Fernanda Koch Temporal, diz que a principal dica no verão é consumir alimentos leves e frescos como verduras cruas, frutas e manter a hidratação. “A estação pede sucos de frutas, que são excelentes opções e podem ser incluídos no lanche da manhã e da tarde. A alimentação deve ser leve e equilibrada, rica em nutrientes que estão presentes nas comidas in natura”, ensina.


Sem exageros

Quem nunca cometeu o pecado da gula no fim de ano que atire a primeira pedra. Mesmo com a tradição familiar das confraternizações e a mesa farta, o ideal é não ceder à tentação. “O consumo de alimentos neste período de calor deve ser moderado. Não precisa deixar de comer nada do que for servido, mas o segredo está no equilíbrio”, diz a especialista.

Ainda assim, para aqueles que costumam exagerar neste período de férias, Maria Fernanda tem um conselho: “A dica é restringir os alimentos com alta densidade calórica como os doces, gorduras e bebidas alcoólicas. Aposte nas frutas e verduras”.

Embora os coquetéis sejam a moda deste verão – mesmo para quem está de férias em casa – as bebidas alcoólicas são um capítulo à parte. O consumo deve ser feito com moderação sempre, “mas quem exagerar um pouco deve aumentar o consumo de água nos dias subsequentes e a ingestão de frutas e sucos naturais”, continua a professora do UNICURITIBA.


Hidratação

O organismo humano é formado por 70% de água e não é difícil imaginar como a desidratação pode comprometer os processos bioquímicos do corpo e suas funções vitais.

“Seja qual for a estação do ano, tenha sol ou não, nossas células e sistemas precisam de água para funcionar bem. No verão essa necessidade aumenta e principalmente durante as atividades físicas, a indicação é ter sempre uma garrafinha de água por perto”, recomenda a doutora em educação física, Birgit Keller Marsili, professora dos cursos de Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia do UNICURITIBA.

De acordo com a mestre em nutrição Maria Fernanda Koch Temporal, o primeiro sinal de desidratação é a sede – uma prova de que a ingestão de água está inadequada. “O recomendado é consumir pelo menos 30 ml de água por quilo de peso corporal por dia, garantindo que o corpo receba a quantidade de líquido e nutrientes necessários para desenvolver todas as suas funções.”

A preferência, ensina ela, é pela água fervida ou filtrada, água de coco natural ou suco natural de frutas. Bebidas industrializadas como sucos de caixinha, de pacotinho ou refrigerantes devem ser evitados.


Atividade física

O verão pede atividade ao ar livre, mas ainda assim é preciso seguir algumas regras em função da pandemia. No caso de exercícios físicos, mesmo que não sejam em academias, a prática em locais abertos também deve respeitar regras de distanciamento e uso de máscaras.

“As máscaras podem aumentar a sensação de calor e provocar mais sede. Então, a recomendação é caprichar na hidratação. Se puder, escolha máscaras de tecido de algodão, que ajudam na transpiração e melhoram um pouco a sensação de abafamento, mas não abra mão da sua segurança. Precisamos estar protegidos contra o Coronavírus”, reforça Birgit.

Sobre o melhor horário para a prática de esportes e exercícios, a doutora em educação física diz que essa é uma escolha particular. “Algumas pessoas preferem fazer atividades logo cedo e depois ficam mais dispostas para encarar o dia. Outras têm preferência pela tarde ou noite. O melhor horário é aquele que você mais gosta e se sente bem”, afirma.

Exposição ao sol e cuidados com a pele

O que não pode faltar no verão é a proteção contra os raios ultravioleta e, outra vez, água sempre fresca para hidratar. “O sol tem o poder de envelhecer as nossas células, além dos riscos de queimadura e câncer de pele. Por isso, a recomendação é evitar a exposição no horário entre 11h e 15h, reaplicar o protetor solar de tempos em tempos, usar boné, óculos de sol, chapéu e guarda-sol”, continua a professora.

Quanto às mudanças bruscas de temperatura – ou choques térmicos – após as atividades físicas, calor intenso ou exposição ao sol, Birgit diz que não custa ouvir os conselhos dos avós. “Esse tema é controverso porque sabemos, inclusive, que atletas utilizam banheiras com gelo para a recuperação mais rápida de lesões, mas no dia a dia não precisamos nos expor a choques térmicos e podemos fazer essa transição de temperatura de forma gradual”, comenta.

A dica é: depois de uma atividade física intensa ou exposição prolongada ao sol, antes de entrar na piscina ou no mar, por exemplo, molhe primeiro os pés, a nuca, os pulsos e só depois mergulhe na água gelada.

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