Com estimativa de mais de 15 mil novos casos por ano, doença tem maior incidência nas regiões Sul e Sudeste do país
Com características iniciais que podem ser parecidas com as de aftas, pequenas úlceras rasas que aparecem na cavidade oral, o Câncer de Boca pode ser negligenciado por pacientes que não conhecem a doença. “No consultório, preferimos sempre prezar pelo excesso e investigar cada sinal, especialmente quando se trata de um paciente de risco. O ideal é sempre acompanhar qualquer tipo de lesão por aproximadamente 15 dias e, caso não haja melhora, um profissional deve ser procurado”, conta o dentista e especialista em Saúde Coletiva na Neodent, João Piscinini.
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que serão identificados 11.180 novos casos da doença em homens e 4.010 em mulheres por ano até 2022. “Os fatores de risco e que podem acarretar no aparecimento do Câncer de Boca são comuns na sociedade, como o tabagismo, o consumo de álcool em excesso, muita exposição ao sol e porte do vírus HPV”, explica Piscinini. Ainda de acordo com o Instituto, as regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de incidência e de mortalidade da doença.
Para a prevenção, além de manter a atenção aos fatores de risco, é essencial fazer o autoexame, uma prática simples e indolor. “Com observações diárias na cavidade bucal, o paciente consegue identificar facilmente a aparição de pequenas úlceras ou manchas, que podem ser assintomáticas e são o principal indicativo do estágio inicial do Câncer de Boca. Além disso, o acompanhamento periódico com dentistas é essencial para a saúde bucal”, finaliza.