Além de incentivar ideias e sugestões é preciso ter líderes abertos e acessíveis.
O Grupo DB1, formado por empresas brasileiras de tecnologia com escritórios no Brasil, Argentina e Estados Unidos, foi reconhecido como referência na prática de escutar seus colaboradores pelo ranking GPTW Paraná no final do ano passado.
O mais curioso desse reconhecimento é que essa prática sempre foi vista como algo natural dentro da cultura da empresa. Cada um é responsável pelo que ocorre à sua volta, onde todos são apaixonados pelo que fazem e, por isso, fazem o melhor, dentro e fora da empresa.
Essa cultura acabou resultando na forma como a empresa escuta seus colaboradores com sinceridade, com os líderes se mostrando abertos e acessíveis para que as pessoas possam perguntar, sugerir e expressar suas críticas. Além de incentivar ideias e sugestões, levando-as em consideração de forma sincera.
Para Camila Innecco, coordenadora de engajamento no departamento de gestão de pessoas, essa prática é fundamental para manter a motivação dos colaboradores. “Escutar cada colaborador nos permite entender o que os move, quais são seus sonhos, ambições e perspectivas para apoiá-los em suas conquistas. Assim como nos permite perceber quando algo não está bem, sabemos que cada colaborador é único e passa por desafios e dificuldades únicas também. Escutá-los nos permite acolher, apoiar e até mesmo empoderar, para que consigam superar os desafios. Além disso, permite que a equipe de Gestão de Pessoas melhore sua análise do todo e desenvolva ações mais assertivas para criarmos um ambiente cada vez melhor para se trabalhar”.
Desde que o colaborador entra na empresa, há um processo com várias cerimônias. Ações e programas que envolvem praticar essa escuta em diversas frentes, seja para o desenvolvimento de carreira e orientação, acompanhamento em situações de necessidade ou até mesmo para o acompanhamento da produtividade como um todo.
Dentre as diversas práticas de gestão de pessoas, as que envolvem escutar o que os colaboradores têm a dizer incluem:
- ADAPTA – Acontece quando o colaborador completa 45 dias de casa e tem o objetivo de verificar e auxiliar o processo de adaptação do mesmo na empresa;
- ENFOQUE – É uma conversa que acontece quando o colaborador completa 1 ou 5 anos de casa, com o objetivo de acompanhá-lo e auxiliar no foco de seus trabalhos;
- PORTAS ABERTAS COM O GESTÃO DE PESSOAS – qualquer pessoa pode solicitar aos profissionais do RH uma conversa individualizada a qualquer momento, seja qual for o motivo;
- PORTAS ABERTAS PARA LIDERANÇA – Tem o mesmo objetivo que o projeto anterior, porém com assuntos relacionados ao desenvolvimento das lideranças e suas tomadas de decisões;
- PESQUISAS – Existem várias pesquisas que buscam a opinião e feedbacks constantes dos colaboradores. Dentre elas, destacam-se:
– Avaliação de Desempenho 360 (feedbacks sobre líderes e pares de trabalho);
– Pesquisa de Cultura (todos os anos);
– Bate-papo com o presidente (Reuniões Gerais com toda a empresa, em que o presidente responde questionamentos e recebe opiniões. Era uma reunião híbrida, antes da pandemia, agora é remota via YouTube);
– NPS de Líderes – liderados avaliam seus líderes e oferecem feedbacks;
– Pesquisa GPTW: uma pesquisa com o foco na certificação GPTW, mas também para coletar dados e insumos para melhorias constantes. Um ponto interessante é que a pesquisa sempre ultrapassa 90% de adesão dos colaboradores. O GPTW fornece um relatório a partir do qual Gestão de Pessoas e lideranças criam estratégias e tomam ações para melhoras o clima no dia a dia.
“Mais importante do que falar é ouvir”, é o que pensa Luciane Baldo Nicolodi, gestora de três projetos no Grupo DB1, que já precisou ser ouvida pela empresa, mas também escutar os seus liderados. “Criar o ambiente adequado, romper barreiras e gerar confiança são itens essenciais na ação da escuta ativa. Então não basta apenas ouvir, é necessário ouvir com atenção, sem julgamentos e sem pré-conceitos. Quando algum liderado compartilha algum problema comigo, ele não espera que eu tenha todas as soluções, ele apenas fica grato por eu estar disposta a ouvi-lo e dar a devida atenção a esse momento”, completou.
Tiago Carpanese, é líder técnico na DB1 Global Software, e conta que as práticas fazem diferença no seu dia a dia “a DB1 é uma empresa diferenciada. É impressionante o quanto se preocupam com os profissionais. Me lembro de uma vez, que eu estava com problemas em um projeto, e fui pego no corredor por uma das meninas do RH, pois viram no meu olhar que nem tudo estava indo bem. Aquilo me marcou demais e fez eu perceber que não estava apenas em uma empresa, e sim em um lar, e que eu poderia contar com todos ali presentes”.
O Grupo DB1 ainda tem planos audaciosos para continuar desenvolvendo e implementando a área de Gestão de Pessoas. Para este fim, o departamento de Engajamento segue estruturando processos, em constante busca por novas práticas de escutar o colaborador. Com essa necessidade de continuar presente no dia a dia das pessoas, dispostos a escutá-las, o time está, inclusive, contratando novos profissionais, a fim de cuidar de cada um e criar mecanismos que facilitem a interação tanto entre o colaborador e seus líderes, quanto com as áreas especializadas no apoio emocional neste momento que todos estão vivendo.